Temer confirma que reforma da Previdência será restrita
No lançamento do programa Emprega Brasil, o presidente Michel Temer (PMDB) confirmou que promoverá uma reforma da Previdência restrita e apontou os dois temas a que ela se limitará: idade mínima e equiparação dos direitos entre funcionários da iniciativa privada e servidores públicos. Em um recado indireto aos senadores - que reclamam do protagonismo da Câmara junto ao governo - Temer disse que a desarmonia entre os poderes é inconstitucional.
"A reforma da Previdência é fundamental, sem causar prejuízo a ninguém, a campanha publicitária que está indo ao ar agora é de esclarecimento, estamos explicando que a reforma vai causar vantagens para a Previdência Social", disse Temer.
O pemedebista afirmou que a reforma "não é ampla" e que vai abordar "o limite de idade" e "equiparar os sistemas público com o privado". Segundo Temer, com isso será possível sobreviver nos próximos anos, sem incorrer nos erros de países da Europa que promoveram as mudanças muito tarde, tendo de cortar benefícios. Ele mencionou, ainda, a desburocratização do sistema tributário como próxima meta.
Temer aproveitou o discurso para enviar uma mensagem indireta aos senadores, que nos últimos dias tecem críticas ao governo de que funcionaria em regime "unicameral", ou seja, ignorando o Senado.
Sem citar expressamente o Senado, Temer afirmou que toda vez que vê "desarmonia entre os poderes", avalia que estão praticando uma "inconstitucionalidade", já que a Constituição prevê a harmonia entre os poderes.
Nos últimos dias, Temer arbitrou uma queda de braço entre Senado e Câmara por causa da medida provisória que modificou dispositivos da reforma trabalhista. Os deputados não queriam medida provisória, mas Temer havia se comprometido com os senadores que não enviaria as mudanças por projeto de lei.
No evento, Temer disse que a prioridade de seu governo é a criação de empregos e citou o resultado do último Caged, segundo o qual houve a contratação de 76,1 mil novas vagas formais de trabalho.
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