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Bolsa sobe em véspera de feriado nos EUA; dólar está abaixo de R$ 3,25

22/11/2017 14h28

O Ibovespa inicia na tarde desta quarta-feira uma segunda etapa do pregão ainda com um movimento errático. Por um lado, influenciam nas operações as perspectivas mais fortes de aprovação da reforma da Previdência, ao mesmo tempo que uma cautela maior do investidor na véspera do feriado nos Estados Unidos inibe um ímpeto maior nos negócios.


Às 13h19, o principal índice da bolsa subia 0,41%, aos 74.902 pontos, depois de tocar uma máxima intradia de 74.973 pontos. O giro financeiro era de R$ 2,68 bilhões.


Do lado positivo, lideram as altas siderúrgicas como Gerdau Metalúrgica (+3,53%) e CSN (+3,27%). Vale ON avançava 2,61% e Petrobras PNtinha alta de 1,82%.


Câmbio


O dólar é negociado no campo negativo nesta tarde. Ao longo da manhã, entretanto, o mercado de câmbio mostrou, mais uma vez, sensibilidade ao ambiente político.A divisa americana subiu até a máxima de R$ 3,2650, em alta de 0,42%. O avanço naquele momento conduzia o real ao pior desempenho entre as principais divisas globais, seguido de perto por pares como peso mexicano e lira turca.


Além de algum pressão externa, a alta do dólar ganhou fôlego após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, reiterar que a definição de uma data para votação da reforma da Previdência depende da clareza do apoio à medida. "A gente tem de que ter paciência e cuidado, porque é uma votação importante para o Brasil e não podemos correr nenhum risco", disse.


Profissionais de mercado apontam a perspectiva de aprovação da reforma da Previdência parece estar "ganhando corpo" com avanço em algumas iniciativas do governo para angariar apoio político. Ainda assim, até que a matéria tenha avanço mais concretos, prevalece a cautela nas mesas de operação. "As declarações desperta um pouco de incerteza sobre a celeridade que a Câmara pode dar a votação", disse o estrategista da Coinvalores, Paulo Nepomuceno.


Ainda nesta quarta-feira, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) divulga a ata da sua última reunião de política monetária. O documento deve reforçar a expectativa de nova alta de juros em dezembro. No entanto, um sinal mais duro é visto com pouco probabilidade. Os mercados internacionais operam com baixa liquidez por conta do feriado do Dia de Ação de Graças amanhã nos Estados Unidos e no Japão, que paralisa os negócios durante toda a quinta-feira e a manhã da sexta-feira.


Por volta das 13h20, o dólar comercial caía 0,22%, a R$ 3,2441.


O contrato futuro para dezembro, por sua vez, recuava 0,32%, a R$ 3,2510.


Juros


Os juros futuros operam perto da estabilidade no início da tarde desta quarta-feira. O comportamento das taxas, entretanto, sinaliza alguma cautela, inibindo nova redução do prêmio na curva. O ambiente político no Brasil, especialmente as negociações para aprovação da reforma da Previdência, e a expectativa sobre a ata do Fed orientavam, em parte, os negócios.


A inclinação da curva de juros tem leve alta, após sequência de três dias seguidos de queda. A diferença do DI janeiro de 2023 e o DI janeiro de 2019 subia a 2,85 pontos percentuais, ante 2,83 pontos no fechamento de ontem. O valor sinaliza o prêmio exigido pelos investidores para posicionamento em vencimentos mais longos.


Às 13h26, o DI janeiro/2021 operava a 9,250% (9,250% no ajuste anterior).Entre vencimentos mais longos, o Di janeiro/2023 era negociado a 10,030% (10,010% no ajuste anterior) e DI janeiro/2025, a 10,370% (10,350% no ajuste anterior)