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Ibovespa renova recorde em dia de corte do rating pela Fitch

23/02/2018 18h52

O Ibovespa até chegou a ceder a uma realização de lucros durante o pregão, mas manteve força suficiente para atingir pela primeira vez um fechamento acima dos 87 mil pontos. O índice subiu 0,70% hoje, aos 87.293 pontos, com giro forte de R$ 10,9 bilhões. Na semana, a alta foi de 3,28%.


Segundo analistas, o índice continua colhendo benefícios do movimento no exterior e o forte volume ? 14% maior do que a média de R$ 9,55 bilhões em fevereiro ? comprova que os investidores estão "comprando Brasil". O ambiente favorável lá fora estimula a busca dos estrangeiros pela renda variável global, e garante, assim, ganhos também ao Ibovespa.


O movimento mais expressivo do dia e que limitou maiores avanços foi a BRF, ação mais negociada. O papel registrou intensa baixa de 8,33% depois de entregar um prejuízo líquido de R$ 784 milhões no quarto trimestre de 2017. Além disso, investidores reagem à notícia do Valor de que um grupo de acionistas se articula para forçar a renúncia de todo o conselho de administração da empresa, liderado por Abilio Diniz.


O giro financeiro da BRF hoje foi de R$ 863,3 milhões, 10 vezes superior aos R$ 86,2 milhões negociados no pregão anterior. O volume é superior inclusive ao de "blue chips" que, em geral, movimentam mais recursos em bolsa, caso de Vale (+0,90%) e Itaú Unibanco (+0,68%); apenas a Petrobras PN (+1,83%) movimentou mais do que a empresa de alimentos.


Na ponta positiva, a Magazine Luiza subiu 6,84%, seguida por Eletrobras PNB (+4,58%) e Eletrobras ON (+4,23%). A varejista reportou resultados no quarto trimestre superiores às expectativas de analistas e reforçou a confiança dos analistas quanto à transformação digital da companhia.


Segundo Fábio Carvalho, chefe de equities da CM Capital Markets, o Ibovespa ainda se pauta pelo ambiente positivo do exterior e também de olho nos fundamentos, cujas perspectivas são melhores especialmente depois dos períodos de crise pelo qual passou o país.


É com essas perspectivas em vista que os investidores devem aguardar principalmente pelos dados do Produto Interno Bruto (PIB) nos Estados Unidos e no Brasil na semana que vem. As informações são referentes ao quarto trimestre e ao ano de 2017.