Bombardeio à Síria domina debates no último dia da Cúpula das Américas
O bombardeio à Síria roubou a cena no último dia de reuniões e debate na Cúpula das Américas. Em discurso no plenário, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, condenou "a utilização de armas químicas" e defendeu um "esforço da comunidade internacional para evitar uma escalada de tensão".
"Nesta delicada conjuntura a Argentina chama a comunidade internacional para fazer esforços e evitar a escalada de tensão, recorrendo ao diálogo", declarou o presidente argentino, que aproveitou, também, para mencionar dois dos outros assuntos quentes no encontro dos presidentes do continente: Venezuela e corrupção.
"Nossos povos merecem governantes honestos, que trabalhem para que o povo viva melhor. Precisamos de sistemas democráticos estáveis e transparentes, que são ferramenta de combate à corrupção. Na Argentina estamos encarando este assunto com muita seriedade", disse Macri. Segundo ele, "são muitos os que apostam na impunidade". "A corrupção atravessa fronteiras", lamentou o chefe de Estado da Argentina.
Sobre a crise venezuelana, Macri disse que seu país não reconhecerá o resultado das presidenciais do próximo dia 20 de maio. "A Venezuela deve deixar de negar a realidade e aceitar a ajuda internacional, a crise humanitária tornou-se insustentável", assegurou o presidente argentino.
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, lamentou a incapacidade da comunidade internacional para implementar mecanismos eficientes que impeçam a utilização de armas químicas contra seres humanos.
Já o presidente do Peru e anfitrião do encontro, Martin Vizcarra, assegurou que é prioridade de seu governo lutar contra a corrupção. "Temos de enfrentar juntos esta ameaça comum". "Temos de formar uma aliança regional contra a corrupção, com foco preventivo, e ter uma política de tolerância zero. O Compromisso de Lima será base para fortalecer nossos esforços", concluiu Vizcarra.
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