Focus reduz de novo projeção para alta do PIB em 2018
Os economistas do mercado promoveram mais uma rodada de corte nas estimativas para o crescimento da economia neste ano, segundo a mediana das projeções levantadas pelo Banco Central para sua pesquisa semanal Focus.A expectativa agora é que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 2,76% em 2018, após a terceira redução consecutiva. No começo de março, o ponto médio do indicador chegou a marcar 2,92%. Para 2019, a estimativa segue nos mesmos 3% em que está há 12 semanas.
Em entrevista ao Valor na semana passada, o novo ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, minimizou as quedas recentes nas projeções de mercado para o crescimento da economia brasileira. "Não estão revendo de 3% para 2%. É coisa marginal, de ajuste dos modelos em função de números que estão sendo divulgados. É na segunda casa decimal", disse, destacando que mantém a estimativa de crescimento de 3% para este ano.
Selic
Outra mudança que chama a atenção nas projeções coletadas até sexta-feira está nas estimativas para a taxa básica de juros. Embora inalterada em 6,25% para o fim deste ano e 8% para o do próximo entre os economistas em geral, no grupo dos que mais acertam as previsões ? os chamados Top 5 ? de médio prazo, a mediana para a Selicem dezembro de 2019 caiu 8% para 7,50% entre uma semana e outra. Para 2018, ficou nos mesmos 6,25% que indicava antes.
Inflação
Já as estimativas para o indicador oficial de inflação caminharam em sentidos opostos entre os diferentes grupos: enquanto a mediana das projeções dos economistas em geral para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 3,53% para 3,48% em 2018 e de 4,09% para 4,07% em 2019, os Top 5 de médio prazo do indicador reajustaram para cima suas previsões, de 3,41% para 3,56% em 2018 e de 3,70% para 4,05% em 2019.
Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA desacelerou para 0,09% em março, no piso das projeções dos analistas e no menor nível para o mês desde o início do Plano Real, depois de atingir 0,32% em fevereiro.
No acumulado em 12 meses, o índice seguiu em sua trajetória de desinflação: 2,68% no acumulado até março, abaixo dos 2,84% registrados no acumulado até o mês anterior. Dessa forma, o índice completou nove meses abaixo do piso da meta de inflação do governo pelo nono mês consecutivo. O piso da inflação é de 3% neste ano ? o centro da meta é de 4,5%, com margem de flutuação de 1,5 ponto percentual, para mais ou para menos.
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