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Juros futuros voltam a cair com aposta de juros baixos por mais tempo

20/04/2018 10h50

Os dados de inflação do IPCA-15 abrem caminho para queda dos juros futuros de curto prazo. Com resultado ligeiramente melhor que o esperado, os agentes financeiros ganham um pouco mais de confiança para apostar no cenário de juros baixos por mais tempo ou, pelo menos, que uma futura alta de juros não deve vir tão cedo.

A queda mais acentuada das taxas dos DI vem com o contrato de janeiro de 2020, que concentra apostas até o fim do ano que vem. Esse também é o ativo mais negociado dentre todos os prazos, o que também denota que o foco está hoje a política monetária.

O IPCA-15 registrou alta de 0,21% em abril, ligeiramente abaixo da média das expectativas, de 0,24%. Mesmo que a diferença tenha sido marginal, acaba sendo o suficiente para empurrar um pouco mais para frente ou, pelo menos, diminuir o tamanho de uma futura alta de juros.

Para o curtíssimo prazo, entretanto, ainda prevalece a visão majoritária de que o Comitê de Política Monetária (Copom) interromperá o ciclo de cortes com movimento final de 0,25 ponto em maio, levando a Selic para 6,25%. Até aparecem algumas apostas para um cenário alternativo, de redução adicional em junho, mas só devem ganhar força se houver uma clara mudança nas expectativas de inflação para 2019. No Boletim Focus, divulgado na última segunda-feira, o mercado projetava IPCA com 4,07% de aumento no fim do ano que vem.

"O resultado fraco de inflação de meados de abril, junto com a estabilização do real nos últimos dias, indica que o Copom deve seguir com outro corte de 25 pontos-base da Selic no mês que vem", diz a Capital Economics. "Mas isso deve marcar o último corte do atual ciclo de flexibilização", acrescenta.

Às 10h46, o DI janeiro/2019 caía 6,215% (6,240% no ajuste anterior); oDI janeiro/2020 recuava a 6,880% (6,940% no ajuste anterior) e oDI janeiro/2021 cedia a 7,870% (7,910% no ajuste anterior). ODI janeiro/2023 marcava 9,050% (9,070% no ajuste anterior) enquanto o DI janeiro/2025 projetava 9,590% (9,600% no ajuste anterior).