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Dólar supera R$ 3,50 e tem maior nível desde meados de 2016

25/04/2018 10h06

(Atualizada às 12h08) O dólar comercial mantinha a trajetória de alta observada no início dos negócios e era negociado acima de R$ 3,50. Ao redor de meio-dia, a moeda americana estava a R$ 3,5056, valorização de 1,08%. Na máxima, por ora, tocou R$ 3,5096, maior valor desde 16 de junho de 2016.

O mercado brasileiro não conseguiu escapar da pressão externa, em mais um dia de avanço generalizado do dólar nas praças internacionais.Nesse ambiente, os investidores também ficam atentos a possíveis movimentos do Banco Central (BC), seja por uma atuação com swap cambial ou comentários dos dirigentes. A leitura é de que, se o real destoar dos pares, não se descarta a possibilidade de a instituição oferecer "hedge" (proteção) ao mercado com novos contratos de swap cambial.

O movimento das moedas acompanha o salto dos rendimentos de títulos americanos. O juro da T-note de 10 anos supera o limiar simbólico de 3% e bate os maiores níveis desde janeiro de 2014. Esse é um reflexo de expectativas de que os salários e a inflação podem subir mais rapidamente nos Estados Unidos, aumentando as chances de uma abordagem mais agressiva do Federal Reserve (Fed, banco central americano).

Agora, estão em cerca de 50% as chances nos preços dos Fed Funds futuros de que aperto monetário nos EUA terá quatro movimentos neste ano. Isso se alinha à elevação de toda a curva de juros longa, tornando, em tese, os ativos de risco menos atraentes.

Os juros futuros também são afetados, principalmente os vencimentos mais longos. Uma das principais métricas de risco do segmento, a inclinação da curva de juros a termo renova as máximas.

As taxas dos DIs para janeiro de 2027, que é ainda mais longa, se firmam em dois dígitos, patamar que tem prevalecido nesta semana. Hoje, gira em 10,140%.

Por ora, especialistas apontam que está preservada a leitura de que inflação está contida e atividade, ainda em recuperação lenta. Com isso, o corte da Selic em maio ainda seria apropriado, sendo esse o último movimento do atual ciclo de flexibilização monetária.

O DI janeiro/2019 marcava 6,255% (6,230% no ajuste anterior); oDI janeiro/2020 apontava 6,970% (6,920% no ajuste anterior) e oDI janeiro/2021 tinha 7,980% (7,940% no ajuste anterior).O DI janeiro/2023 subia 9,270% (9,210% no ajuste anterior) eo DI janeiro/2025 projetava 9,840% (9,78% no ajuste anterior).