Hypera reforça que não fará leniência com PGR
Breno Silveira, novo presidente da farmacêutica Hypera, reiterou nesta sexta-feira (27) que a companhia não fechou acordo de leniência com a Procuradoria-Geral da República (PGR).
"A Hypera nega acordo de leniência e tratativas sobre o assunto", afirmou Silveira, em teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados do primeiro trimestre.
A companhia anunciou ontem (26) que o presidente da companhia, Claudio Bergamo, apresentou pedido de "afastamento voluntário" do cargo. Bergamo também deixará de ser membro do conselho de administração da farmacêutica.
Além disso, a companhia confirmou que seu principal acionista, João Alves de Queiroz Filho, o "Júnior da Arisco", apresentou pedido de "afastamento voluntário" da presidência do conselho, pelo período necessário à conclusão de apuração interna e de investigação em curso pelo Ministério Publico Federal (MPF).
A informação da saída de Bergamo e a substituição por Silveira, até então diretor financeiro da empresa, havia sido antecipada peloValor.
"A decisão de afastamento deles é de interesse deles e das companhias", destacou Silveira.
Para apurar as investigações sobre os ex-membros da companhia, a Hypera também afirmou que criará um comitê para apuração interna do caso, que será formado por profissionais independentes.
Questionado sobre o envolvimento dos demais executivos da Hypera no caso, Silveira afirmou que os outros dois investigados pela Operação Tira-Teima eram de nível médio dentro da empresa. Sem revelar onome dos investigados, Silveira afirmou apenas que eram da área operacional, com funções administrativas, e não tinham contatos com agentes externos, como agências reguladoras.
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