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Intenção de consumo das famílias sobe em maio, diz CNC

24/05/2018 15h26

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 0,2% entre abril e maio para 87,1 pontos, informou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) nesta quinta-feira (24). Na comparação com maio do ano passado, o aumento foi de 12,1%.

Segundo a entidade, apesar do aumento, o indicador continua abaixo de 100 pontos, limite favorável do indicador que vai até 200 pontos ? o que mostra permanência de insatisfação das famílias com a crise econômica.

Dos sete tópicos usados para cálculo do indicador, quatro apresentaram aumento na passagem de abril para maio. É o caso de perspectiva profissional (0,4%); renda atual (0,8%); nível de consumo atual (1,6%); e perspectiva de consumo (1,9%).

Em contrapartida, foram observados recuos nos tópicos emprego atual (-0,1%); compra a prazo (-1,2%); e momento para duráveis (-2,5%).

No caso de duráveis, a CNC detalhou que, se por um lado a inflação menor oferece cenário favorável às compras, as famílias ainda ficam hesitantes ao comprar duráveis, de alto valor agregado, tendo em vista o já elevado patamar de endividamento.

Embora o aumento na margem tenha sido discreto, as perspectivas este mês operam acima de igual mês do ano passado. Na comparação com maio de 2017, todos os sete tópicos apresentaram aumento, em maio deste ano. É o caso de emprego atual (4%); perspectiva profissional (5%); renda atual (8,5%); compra a prazo (13,9%); nível de consumo atual (23,3%); perspectiva de consumo (24,3%), e momento para duráveis (19%).

Mas, ao tecer comentário sobre o futuro, a CNC alerta que ainda há quadro de incertezas no horizonte. Até o momento, o quadro político-eleitoral se apresenta indefinido, notou a entidade, que cita ainda outros aspectos prejudiciais ao cenário macroeconômico, como desequilíbrio das finanças públicas, baixa capacidade de recuperação econômico-financeira de alguns Estados, que continuam a afetar investimentos e consumo privados.

Esse cenário leva empresas adiam investimentos, salientou a CNC, assim como adiar maior número de contratações formais de mão de obra - o que diminui perspectiva de melhora no mercado de trabalho, e inibe intenções de consumo.