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Se eleita, Marina promete manter tripé econômico do atual governo

24/05/2018 11h33

Pré-candidata do Rede à Presidência, a ex-senadora Marina Silva disse nesta quinta-feira (24) que, se eleita, vai manter o tripé econômico, com câmbio flutuante, meta de inflação e superávit primário.

Marina participa de sabatina do portal UOL, em parceria com o jornal "Folha de S.Paulo" e com a emissora SBT, na capital paulista.

A presidenciável manifestou preocupação com aumento do gasto público e sugeriu que, uma vez presidente, vai levar adiante uma proposta que limita a despesa de custeio à metade do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

"Assim nunca vai ter descompasso entre a arrecadação e o gasto", afirmou. Desta forma, ela aposta que será possível avançar na recuperação da credibilidade e na volta dos investimentos.

A ex-senadora ainda criticou o teto de gastos públicos, implementado pelo governo Michel Temer. "Tem que avaliar a qualidade do gasto", disse, ao questionar a necessidade de congelar por 20 anos as despesas em áreas como saúde, educação e segurança.

Marina acenou com uma reforma tributária, cujo objetivo será unificar alguns impostos. "Estamos estudando a proposta de alguns tributos para simplificar."

Agronegócio

A ex-senadora disse que é possível conciliar o agronegócio com a gestão ambiental e que o setor ruralista não deve temê-la.

Segunda ela, há uma série de medidas que podem ajudar a dobrar a produção do país sem precisar "destruir". "O agronegócio não deve ficar preocupado comigo", afirmou Marina.

Ex-ministra do Meio Ambiente, Marina lembrou que o desmatamento no país cresceu 37% desde 2012. "É possível crescer con redução do desmatamento", reforçou ao citar uma agenda de propostas da Embrapa.

Polarização

A ex-ministra disse querer "provar que o ciclo da polarização [na política brasileira] acabou".

Disse também que é preciso acabar com "o ciclo de oposição por oposição". Se eleita, ela afirmou que irá adotar o que chamou de "presidencialismo de proposição". Seria uma alternativa ao chamado presidencialismo de coalizão.

Segundo Marina, o modelo adotado há anos no Brasil só funcionou com os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) porque eram lideranças fortes. Deixou de funcionar com Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), segundo sua avaliação.

Partido pequeno

A ex-ministra minimizou o fato de disputar a eleição por um partido pequeno.Ela foi questionada se terá condições de governar com a Rede, uma legenda nanica no Congresso.

Depois de afirmar que irá governar "com os melhores" e que há gente qualificada em diversas siglas, afirmou: "A Rede é pequena? É. Mas quem disse que os partidos grandes estão governando?"