CVM suspende registro de companhia aberta da Multiner
A Multiner, controladora de usinas de geração de energia do grupo gaúcho Bolognesi, teve seu registro de companhia aberta suspensa pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) devido ao descumprimento, há mais de um ano, da obrigação de prestar informações à autarquia, previstas na instrução 480. Também foi cancelado o registro da Perdizes Securitizadora de Recebíveis Comerciais.
"Enquanto seus registros estiverem suspensos, as companhias abertas não podem ter os valores mobiliários por elas emitidos admitidos a negociação em mercados regulamentados", diz a Superintendência de Relações com Empresas (SEP) em comunicado. A área técnica lembra que a suspensão do registro não exime a companhia, seus controladores e administradores de responsabilidade decorrente das eventuais infrações cometidas até o cancelamento do registro.
A última vez que a Multiner apresentou os resultados financeiros foi em 2 de janeiro do ano passado, quando enviou à CVM os dados a respeito do terceiro trimestre de 2016. No período, ela apresentou um prejuízo líquido de R$ 21 milhões, diminuição de 30% em relação à perda registrada no mesmo período de 2015. A receita subiu 11,4%, para R$ 16 milhões.
Em dezembro do ano passado, o Valor informou que o conselho de administração da empresa havia , retirado da pauta de reuniões a apreciação das demonstrações financeiras de 2015 e 2016.
A Multiner foi um dos alvos, em 2016, da Operação Greenfield, da Polícia Federal, que investigava desvios e más práticas realizadas por fundos de pensão. Seu nome foi envolvido por conta de supostas irregularidades praticadas pelo seu fundo de investimento em participação (FIP), que tem como cotistas as fundações de previdência Petros, Postalis, Funcef, Infraprev, Faceb, Refer, Fundiágua e Regius.
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