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Cúpula de Mercosul e Aliança do Pacífico deve ser em julho no México

14/06/2018 13h55

Presidentes dos países do Mercosul e da Aliança do Pacífico (AP) devem se encontrar no próximo dia 24 de julho no México pela primeira vez para uma reunião de cúpula. Segundo o subsecretário do Itamaraty para América Latina e o Caribe, Paulo Estivallet, não está na mesa um tratado de livre comércio entre os dois blocos.

Criada em junho de 2012, a Aliança do Pacífico congrega Chile, Colômbia, México e Peru, além da Costa Rica, que foi integrada ao bloco em 2013.

O encontro, dizEstivallet, servirá para aprofundar os acordos já existentes entre os membros do Mercosul e os países da AP, além de identificar "oportunidades e de divergências e obstáculos" para a integração.

"Não há uma ideia de fazer uma negociação de um acordo Mercosul-Aliança do Pacífico de livre comércio. Nós já temos acordos ou do Mercosul ou dos países individuais aqui no Mercosul, com os integrantes [da AP], com o Chile, o Peru e a Colômbia", disse Estivallet à imprensa.

"Mas a realização da cúpula seria ou daria, caso ela venha a se realizar, uma sinalização política importante dos principais países da região de continuarem avançando tanto na consolidação dos acordos que já existem como na identificação de oportunidades e de divergências e obstáculos, para fazer com que as coisas andem da melhor maneira aqui na América Latina."

Estivallet falou à imprensa às vésperas do encontro de cúpula do Mercosul, que ocorre na próxima segunda-feira (18) em Assunção. Na ocasião, o Paraguai passará a presidência pro-tempore do bloco ao Uruguai. A Venezuela, suspensa do bloco, não terá representantes no encontro.

Ao longo do fim de semana, a cúpula presidencial será precedida de encontros dos ministros da Fazenda e de presidentes dos bancos centrais dos países do Mercosul.

Segundo Estivallet, o bloco trabalha para avançar nos acordos comerciais com Coreia do Sul, Canadá e Efta (Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein), além da União Europeia. O diplomata acredita que o acordo com os europeus será concluído ainda durante o governo Michel Temer (MDB).