Juros futuros caem diante de expectativa de manutenção da Selic
O mercado de juros futuros segue um dia mais calmo e aos poucos os DIs se distanciam das taxas exageradas das últimas semanas, convergindo para o cenário de manutenção da taxa básica de juros hoje após o fim da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
O consenso do mercado é de manutenção da taxa em 6,5% ao ano. Depois de chegar a precificar alta de até 0,5 ponto percentual de elevação nas últimas semanas, os contratos já não consideram mais esse cenário, mas ainda embutem algum risco de alta. De acordo com operadores, há pouco a curva de juros aponta agora um aumento de 7 pontos-base - ou seja, ao redor de 25% de chance de haver uma elevação de 0,25 ponto percentual da Selic na reunião de hoje.
Além da expectativa de manutenção do juro, os investidores estarão sensíveis a qualquer mudança no discurso do Banco Central (BC). A expectativa é que o aumento dos riscos seja reconhecido e que a autoridade monetária dê indicação de que uma eventual elevação da Selic ainda em 2018 não seria conduzida pela alta do dólar, mas por uma piora nas projeções de inflação.
"O mercado está bem animado, respondendo à manutenção da taxa de juros pelo Copom. A atenção está voltada para o comunicado que sairá com a decisão, em um dia de poucos indicadores locais e de um mercado externo tranquilo", afirma Paulo Petrassi, sócio e gestor da Leme Investimentos.
Uma indicação de que as condições de mercado podem estar em processo de normalização é o resultado dos leilões de títulos públicos feitos até o momento. O Tesouro Nacional poderia recomprar até 3 milhões e vender até 500 mil LTNs e comprar até 2 milhões de NTN-Fs e vender até 300 mil. No entanto, nenhuma proposta foi aceita.
A atuação do BC no câmbio, com oferta líquida de 20 mil contratos swap cambial, o equivalente a US$ 1 bilhão, trouxe um pouco de instabilidade para o mercado de juros. Às 14h13 a moeda era negociada com baixa de 0,06%, a R$ 3,7450.
A moeda tem desempenho um pouco pior do que outras emergentes, mas não descola totalmente do ambiente externo. o exterior, os ativos mostram alguma recuperação, revertendo em parte as perdas de ontem com os temores da escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China.
Na terça-feira, os mercados globais fecharam no vermelho depois que o presidente americano Donald Trump pediu para o seu governo identificar US$ 200 bilhões em bens importados da China para serem penalizados com tarifas. Isso aconteceu após Pequim dizer que iria retaliar na mesma medida as planejadas tarifas dos EUA sobre os US$ 50 bilhões em importações do país asiático. O dólar apresentava queda diante de outras moedas de países emergentes, como México, Rússia e África do Sul.
O DI janeiro/2019 tinha taxa de 7% (7,03% no ajuste anterior), oDI janeiro/2020 é negociado a 8,590% (8,56% no ajuste anterior) e oDI janeiro/2025 marcava 11,720% (11,74% no ajuste anterior).
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