Ação da TIM dispara 9%, mas Bovespa fecha em queda; dólar fica em R$ 2,201

Apesar da forte alta das ações da TIM (TIMP3), a Bovespa fechou em queda nesta terça-feira (24), perdendo 0,31%, aos 54.431,05 pontos. O dólar comercial fechou estável, a R$ 2,201 na venda.

A ação da operadora de telefonia TIM (TIMP3) disparou 9,59%, para R$ 11,08, depois que a Telefônica aumentou a participação na Telecom Italia, dona da TIM.

Apesar disso, algumas das ações com maior peso no índice fecharam em queda, puxando o resultado negativo da Bovespa; as ações preferenciais da Vale (VALE5) caíram 1,28%, e as da Petrobras (PETR4) recuaram 1,46%.

Dólar fecha estável

O dólar abriu os negócios em alta e só passou a cair depois de um pronunciamento do presidente do BC, Alexandre Tombini. Ele disse que o cenário externo ainda é de bastante instabilidade, e reforçou que o programa de intervenção do banco vai continuar. No fim do dia, ficou estável, em R$ 2,20.

Nesta terça, o BC vendeu todos os 10 mil contratos ofertados de swap cambial tradicional --equivalente à venda de dólares no mercado futuro-- com vencimento em 3 de fevereiro de 2014.

Os leilões que estão sendo realizados diariamente pelo Banco Central fazem parte de um plano de intervenção contínua, anunciado pelo BC em agosto.

Vale e Petrobras puxam queda da Bolsa

A ação da TIM (TIMP3) teve a maior alta do Ibovespa, o principal índice da Bolsa, disparando 9,59%, a R$ 11,08; em seguida, apareceu a ação preferencial da Oi (OIBR4), que subiu 5,1%, a R$ 5,15.

A ação da Vivo (VIVT4) fechou com ganhos de 3,64%, a R$ 51,50, seguida pela da Light (LIGT3), com alta de 3,62%, a R$ 18,30, e pela ordinária da Oi (OIBR3), que avançou 3,25%, a R$ 5,40.

Apesar do forte avanço das operadoras de telefonia, o índice fechou em queda. Na ponta negativa, a maior baixa foi da Fibria (FIBR3), que perdeu 3,85%, a R$ 25,94.

A ação da Suzano Papel (SUZB5) caiu 2,92%, a R$ 8,97, e a da Klabin (KLBN4) recuou 2,83%, a R$ 11,67. A varejista online B2W (BTOW3), dona dos sites Subarino e Lojas Americanas, teve queda de 2,78%, a R$ 14,70. A petroleira OGX (OGXP3), de Eike Batista, cedeu 2,56%, a R$ 0,38.

Grande parte da queda da Bolsa foi influenciada pelas ações mais negociadas do índice: a preferencial da Vale (VALE5) perdeu 1,47%, a R$ 32,27; a preferencial da Petrobras (PETR4) recuou 1,83%, a R$ 18,77.

Os negócios movimentaram R$ 6,1 bilhões.

Bolsas Internacionais

As Bolsas internacionais não seguiram uma única tendência nesta terça; enquanto os Estados Unidos e a Ásia fecharam em queda, o acordo entre a Telefônica e a Telecom Italia impulsionou as ações na Europa.

As ações norte-americanas caíram pela quarta sessão seguida, por causa da preocupação dos investidores sobre o futuro das discussões políticas e econômicas no país.

O índice Dow Jones recuou 0,43%, para 15.334 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 0,26%, para 1.697 pontos. A Nasdaq fechou quase estável, com leve alta de 0,08%, para 3.768 pontos

Na Europa, a ação da Telecom Italia teve alta de 1,7% após o acordo; a da Telefônica ganhou 0,22% na Bolsa de Madri. A aquisição das novas ações juntou-se a uma recente cadeia de acordos envolvendo companhias europeias no setor.

Isso ajudou o índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 a fechar em alta de 0,2%, para 1.258 pontos. Os ganhos foram limitados por dados mais fracos que o esperado na Alemanha e nos Estados Unidos.

A maioria dos mercados asiáticos teve queda; os investidores estavam inquietos em relação à perspectiva de política econômica nos Estados Unidos e na Europa. Em Hong Kong, a Bolsa caiu 0,82% e em Xangai, 0,61%.

Em Seul, o índice fechou em baixa de 0,11%. A Bolsa de Valores de Taiwan fechou quase estável, em leve alta de 0,08% e a de Cingapura, em leve baixa de 0,08%. Em Sydney, o mercado registrou perdas de 0,35%. 

(Com Reuters)