Bolsa fecha em queda de 0,78%, puxada por ações da Vale e de bancos

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda pelo segundo dia seguido nesta quarta-feira (23), com desvalorização de 0,78%, aos 51.569,69 pontos.

Os investidores estavam pessimistas com dados sobre a indústria na China, que mostraram que a atividade industrial chinesa encolheu pelo quarto mês seguido em abril.

No contexto nacional, investidores voltavam a atenção para o início da divulgação dos balanços das empresas, com resultados do primeiro trimestre. 

A queda do índice hoje foi puxada, principalmente, pelo mau desempenho das ações da Vale e dos bancos Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil, que têm grande peso sobre o Ibovespa. 

No mercado de câmbio, o dólar comercial encerrou em baixa de 0,7%, cotado a R$ 2,226 na venda.

Vale e bancos puxam queda da Bolsa

As ações ordinárias da Vale (VALE3), que dão direito a voto, caíram 1,37%, a R$ 30,29; as preferenciais da mineradora (VALE5), que dão prioridade na distribuição de dividendos, recuaram 1,21%, a R$ 27,70. 

Para o analista Luis Gustavo Pereira, da Guide Investimentos, os dados da indústria na China pesaram sobre as ações da Vale, que tem o país como o principal destino de suas exportações. 

O Banco do Brasil (BBAS3) perdeu 1,69%, a R$ 23,85. O Bradesco (BBDC4) recuou 0,96%, a R$ 33,00. O Itaú Unibanco (ITUB4) encerrou em baixa de 0,2%, a R$ 35,73. 

Após prévias de balanços, construtoras fecham em queda

As ações das companhias do setor de construção Gafisa, Even e MRV Engenharia recuaram, depois das empresas divulgarem prévias operacionais do primeiro trimestre na véspera, após o fechamento dos mercados.

A MRV e a Gafisa tiveram a terceira e a quarta maior queda da Bolsa, respectivamente. A MRV Engenharia (MRVE3) caiu 3,53%, a R$ 7,10; a Gafisa (GFSA3) encerrou em baixa de 3,51%, a R$ 3,57.

A ação da Even (EVEN3) teve perdas de 1,9%, a R$ 7,21. 

Ações de destaque da Bovespa

A empresa de alimentos Marfrig (MRFG3) liderou as quedas da Bolsa, com desvalorização de 4,09%, a R$ 4,22.

A companhia de telecomunicações Oi (OIBR4) teve a segunda maior baixa, de 4,04%, a R$ 2,61. A MRV e a Gafisa vieram em seguida, respectivamente.

Na ponta oposta, a construtora e incorporadora  Rossi (RSID3) teve a maior alta da Bovespa, de 3,82%, a R$ 1,63.

A Eletropaulo (ELPL4), distribuidora de energia elétrica, veio em seguida, com ganhos de 2,6%, a R$ 9,85. A construtora e incorporadora PDG Realty (PDGR3) teve o terceiro maior avanço, de 1,48%, a R$ 1,37.

Bolsas internacionais

As ações europeias fecharam em alta nesta terça-feira, sustentadas por atividades de fusões e aquisições no setor farmacêutico e pela melhora na confiança dos consumidores da zona do euro.

O destaque foi da Bolsa alemã, que subiu 2,02%. Em Portugal, o índice PSI20 valorizou-se 1,82%; na Itália, o Ftse/Mib ganhou 1,49%. A Bolsa espanhola avançou 1,41%, e a francesa registrou alta de 1,18%. Na Inglaterra, o índice Financial Times teve valorização de 0,85%.

Na Ásia, a maioria das Bolsas de Valores avançaram, acompanhando a tendência das Bolsas dos Estados Unidos, que subiram na véspera.

O índice de Cingapura ganhou 0,67%; Sydney avançou 0,46%; o índice chinês de Xangai subiu 0,34%; Taiwan teve ganhos de 0,26%; e Seul fechou em alta de 0,25%.

No sentido oposto, a Bolsa do Japão fechou em queda de 0,85%; e o mercado de Hong Kong caiu 0,13%.

(Com Reuters) 

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