Dólar cai a R$ 5,169 à espera de dados dos EUA; Bolsa sobe com Petrobras

O dólar caiu 0,59% e fechou o dia vendido a R$ 5,169, emendando sua segunda sessão seguida de perdas. No mês, porém, a moeda americana ainda acumula alta de 3,06% frente ao real.

Já o Ibovespa subiu 0,36% e terminou aos 125.573,16 pontos. Com o desempenho de hoje, o principal índice da B3 chega ao terceiro pregão positivo consecutivo e diminui a queda em abril para 1,98%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Mercado se prepara para novos dados econômicos dos EUA. Há a expectativa pelos números do PIB (Produto Interno Bruto) americano do 1º trimestre, que saem na quinta (25), e a inflação medida pelo PCE, que será divulgada na sexta (26). Dados publicados nas últimas semanas fizeram investidores adiar para setembro as apostas de um corte de juros pelo Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA).

Manutenção dos juros nos EUA tende a impulsionar o dólar. Isso acontece porque, com juros elevados, os investidores redirecionam recursos para o mercado de renda fixa dos EUA, considerado muito seguro. Por outro lado, sinais de que o Fed vai começar a reduzir os juros em breve tendem a impulsionar moedas mais arriscadas, porém mais rentáveis, como o real.

Alta de mais de 2% na Petrobras ajudou Ibovespa a subir. As ações da companhia saltaram 2,39% (preferenciais) e 2,43% (ordinárias) no pregão. Na última sexta (19), a companhia anunciou que o seu Conselho de Administração decidiu pagar 50% dos R$ 43,9 bilhões em dividendos extraordinários que haviam sido retidos anteriormente. A proposta ainda será levada à assembleia marcada para quinta (25).

Nesta semana, teremos dados importantes a serem divulgados nos EUA que podem trazer indicativos sobre a política monetária por lá e quando o Fed [Federal Reserve] deve começar a diminuir os juros. Os investidores estão na expectativa de dados do PIB, do PCE [Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal], além de balanços de empresas americanas.
Fabio Louzada, economista e fundador da Eu me banco

(Com Reuters)

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