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Dólar fecha a R$ 5,115 aguardando Fed; Casas Bahia dispara na Bolsa

O dólar fechou estável, com leve queda de 0,03%, nesta segunda-feira (29), cotado a R$ 5,115, enquanto investidores seguiam à espera da decisão de política monetária do Fed (Federal Reserve; Banco Central dos Estados Unidos).

Já o Ibovespa fechou o dia com leve alta de 0,65%, aos 127.351,79 pontos. O destaque na Bolsa é o salto nas ações da Casas Bahia, que dispararam a mais de 34%, após a empresa entrar com pedido de recuperação extrajudicial para as dívidas que somam R$ 4,1 bilhões.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Mercado aguarda a divulgação de dados pelo banco central dos EUA. Na quarta-feira (1º) — quando será feriado de Dia do Trabalho no Brasil — o Fed provavelmente manterá sua taxa básica de juros, e operadores ficarão atentos ao tom do banco central sobre a possibilidade e o momento de cortes de juros.

Recentemente, uma série de dados mais fortes que o esperado adiou as expectativas do mercado sobre o momento da primeira redução dos juros nos EUA. Apostas que antes se concentravam em março foram sendo passadas para maio, depois junho e julho e, atualmente, estão concentradas entre setembro, novembro e dezembro. Juros mais altos nos EUA jogam a favor do dólar, já que tornam os rendimentos norte-americanos mais atraentes para investidores estrangeiros.

Na sexta-feira (3), o relatório de emprego fora do setor agrícola dos EUA entrará no foco dos investidores. Esses dados podem fornecer mais pistas sobre a saúde da economia e a necessidade de cortes de juros.

Investidores também estão ligados em possível intervenção das autoridades japonesas no mercado de câmbio. O iene japonês disparou subitamente em relação ao dólar nesta segunda, com os operadores citando uma forte intervenção de venda de dólares por parte dos bancos japoneses pela primeira vez em 18 meses, depois que o iene atingiu novas mínimas em 34 anos no início do dia.

Casas Bahia é destaque do dia na Bolsa de Valores, com salto de 34,19% nas ações, após pedido de recuperação extrajudicial. A alta ocorre após a empresa anunciar na noite de domingo (28) que fez o pedido, citando dívidas de R$ 4,1 bilhões e que já conta com apoio do Bradesco e Banco do Brasil, seus principais credores. A companhia disse que o plano não envolve dívidas operacionais com fornecedores e parceiros e não impacta trabalhadores ou clientes.

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