Conteúdo publicado há 7 meses

Dólar sobe e vai a R$ 5,193 antes de decisão sobre juros nos EUA; Bolsa cai

O dólar saltou 1,52% nesta terça-feira (30) e fechou o dia cotado a R$ 5,193, enquanto investidores seguem à espera da decisão de política monetária do Fed (Federal Reserve), banco central dos Estados Unidos. No mês, a moeda americana acumula alta de 3,54% sobre o real.

Após dois pregões em alta, o Ibovespa fechou o dia com queda de 1,12%, aos 125.924,19 pontos. O principal índice da B3 recuou 1,7% em abril.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Na máxima do dia, o Ibovespa chegou a 127.351,62 pontos. Na mínima, a 125.855,79 pontos.

Mercado aguarda a divulgação de dados pelo banco central dos EUA e evita tomar risco. Amanhã (1º) — quando será feriado de Dia do Trabalho no Brasil — o Fed vai anunciar a decisão política monetária.

Expectativa é que o banco central dos EUA mantenha as taxas de juros no patamar atual de 5,25% a 5,50%. Operadores precificam apenas cerca de 35 pontos-base de cortes nos juros pelo Fed este ano, abaixo dos cerca de 150 pontos estimados no início de 2024, de acordo com dados do LSEG. Redução nas expectativas de afrouxamento monetário nos EUA veio após uma série de dados econômicos e de inflação resiliente, que por sua vez levaram a forte reversão no apetite por risco global em abril, embora o clima tenha melhorado um pouco no final do mês.

Na sexta-feira (3), o relatório de emprego fora do setor agrícola dos EUA entrará no foco dos investidores. Esses dados podem fornecer mais pistas sobre a saúde da economia e a necessidade de cortes de juros.

Investidores também avaliam o boletim Focus. Dados, divulgados hoje, mostraram poucas alterações nas estimativas do mercado para este e o próximo ano.

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Analistas mantiveram estimativa para o IPCA de 2024 em 3,73% e a de 2025 em 3,60%. A projeção para a taxa Selic também não sofreu alteração em relação à semana passada, mantendo-se em 9,50% este ano e em 9% em 2025. No entanto, foi elevada de 8,5% para 8,63% em 2026.

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 7,9% no trimestre encerrado em março. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O resultado veio perto do piso das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast. As estimativas iam de 7,8% e 8,2%, com mediana de 8,1%.

(Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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