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Dívida trabalhista de R$ 25 mil leva marca de faculdade a leilão na Bahia

Mário Bittencourt

Do UOL, em Vitória da Conquista

08/07/2014 15h46

Uma das principais redes de ensino do Nordeste, a baiana FTC (Faculdade de Ciências e Tecnologia) terá sua marca leiloada pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) nesta quarta-feira (9), em Salvador.

O motivo é uma dívida trabalhista de R$ 25 mil, segundo o TRT, referente a um ex-funcionário da faculdade.

A instituição tem unidades em Salvador, Feira de Santana, Itabuna, Jequié e Vitória da Conquista, e conta no total com cerca de 60 mil alunos.

Na modalidade de ensino à distância, a FTC tem cerca de 40 mil estudantes espalhados por todo o país.

Conforme divulgou o tribunal, a marca da FTC está avaliada em R$ 2 milhões e, no leilão, terá lance inicial de R$ 600 mil.

Ao todo, no leilão, serão disponibilizados 167 lotes, com itens que vão de carros de luxo a terrenos em condomínios de alto padrão. O lote da marca da FTC é o 158.

O leilão é uma forma de venda dos bens penhorados no processo com a finalidade do pagamento do crédito do trabalhador, segundo informou o TRT.

Em nota, a faculdade informou que "tomou todas as medidas judiciais cabíveis para a retirada do correspondente lote antes da realização do leilão".

A faculdade não se pronunciou sobre mudanças na administração, caso a marca FTC seja arrematada por outro grupo.

Segundo estudantes do campus de Vitória da Conquista, há pelo menos quatro meses se fala que um grupo de ensino do Rio Grande do Norte assumirá a faculdade.

Nos últimos anos, a FTC vem sofrendo com greves de professores e estudantes por causa de supostos atrasos no pagamento de salários e falta de estrutura dos cursos.

De acordo com o chefe de Hastas Públicas do TRT, Carlos Eduardo Nascimento de Almeida, antes da realização do leilão a empresa executada é notificada para realizar o pagamento.

"Caso não ocorra de forma espontânea o pagamento, então é realizada a penhora de bens que suportem o pagamento do crédito do trabalhador", declarou.

Ainda segundo Almeida, a empresa "tem até a hora do leilão para realizar o pagamento e assim sustar a venda do bem".

"Vale salientar que antes do leilão é agendada uma nova audiência de tentativa de conciliação com a finalidade de ajustar o pagamento ou acordo entre as partes", disse o servidor público.

Outra marca conhecida na Bahia que irá à leilão nesta quarta-feira é a da banda de pagode Padod’Art, avaliada em R$ 200 mil, mesmo valor da dívida trabalhista que a banda possui.

O lance inicial da marca da banda será de R$ 60 mil. O UOL não conseguiu contato com a Pagod’Art para comentar o assunto.