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Ministro diz que trabalhador não precisa "ter pressa" para aposentadoria

18.jun.2015 - Os Ministros Nelson Barbosa (Planejamento), Carlos Gabas (Previdência) e Joaquim Levy (Fazenda), concedem entrevista coletiva, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), nesta quinta-feira (18), para falar sobre a nova regra da previdência - Charles Sholl/Futura Press/Estadão Conteúdo
18.jun.2015 - Os Ministros Nelson Barbosa (Planejamento), Carlos Gabas (Previdência) e Joaquim Levy (Fazenda), concedem entrevista coletiva, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), nesta quinta-feira (18), para falar sobre a nova regra da previdência Imagem: Charles Sholl/Futura Press/Estadão Conteúdo

Da Agência Brasil, em Brasília

18/06/2015 11h47

O ministro da Previdência, Carlos Gabas, disse nesta quinta-feira (18) que a nova regra de aposentadoria apresentada pelo governo dá previsibilidade ao trabalhador e permite que ele analise os cenários dos próximos anos para decidir quando deve se aposentar.

“Ninguém precisa ter pressa, as pessoas podem analisar qual a melhor alternativa, se é a fórmula e a evolução dela ou o fator previdenciário”, comparou.

Novo cálculo

O novo cálculo tem como base a fórmula 85/95, mas de forma progressiva, com revisão a cada dois anos. 

Para se aposentar com direito ao benefício integral, o trabalhador vai somar o tempo de contribuição e a idade até chegar a 85, paras mulheres, e 95, no caso dos homens. A partir de 2017, este cálculo será acrescido de um ponto a cada dois anos até chegar a 90/100 em 2022.

Quem não atingir o número de pontos da nova fórmula poderá continuar se aposentando com a correção do fator previdenciário, que reduz o benefício de quem se aposenta mais cedo, respeitados os 30 anos de contribuição mínima.

Fórum vai continuar discutindo tema

Gabas reconheceu que a fórmula 85/95 com progressividade não resolve definitivamente os problemas de sustentabilidade da Previdência Social e disse que novas soluções continuarão sendo discutidas no fórum que o governo criou em abril, com representantes dos empresários, centrais sindicais e aposentados. 

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, também argumentou que o cálculo da aposentadoria têm que acompanhar a evolução demográfica e social da população brasileira, como a expectativa de vida.

“É uma parte complementar da transformação econômica, de inclusão, do maior acesso aos serviços de saúde, de qualidade de vida. É importante para completar as políticas de inclusão, de qualidade de vida que o Brasil vem fazendo nos últimos 15 anos”.