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Cinco pessoas são presas por uso de celular e RG falso em concurso no Piauí

Aliny Gama

Colaboração para o UOL, em Maceió

21/12/2015 15h33Atualizada em 21/12/2015 20h05

Cinco pessoas foram detidas por suspeita de fraude durante a realização de concurso para o Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), em Teresina, neste domingo (20). 

Dois homens e duas mulheres foram flagrados com o celular ligado dentro das salas enquanto faziam as provas, segundo o TJ-PI. Uma quinta pessoa, de 17 anos, apresentou documento de identidade falso na entrada do exame, e fiscais detectaram a fraude pouco depois.

Eles foram levados para a Central de Flagrantes de Teresina, onde foram autuados em flagrante, pagaram fiança e foram liberados ainda ontem. 

O concurso ofereceu 180 vagas para diversos cargos com salários até R$ 6.518,71. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, responsável pela seleção, foram 42.920 candidatos inscritos. O cargo de enfermeiro, que tinha duas vagas, foi o mais concorrido, com 2.562 candidatos.

Os flagrantes ocorreram no período da tarde, durante a aplicação das provas para os cargos de oficial de analista judicial, analista de sistemas/desenvolvimento, contador, engenheiro eletricista, médico, nutricionista, oficial de justiça e avaliador, odontólogo, psicólogo e psiquiatra.

Segundo o TJ-PI, não houve incidentes durante as provas aplicadas pela manhã, para as vagas de auditor, analista de sistemas de banco de dados, analista de sistemas/telecomunicações, analista administrativo, enfermeiro e escrivão judicial.

Provas podem ser anuladas

O presidente do TJ-PI, desembargador Raimundo Eufrásio, afirmou nesta segunda-feira (21) que a Polícia Civil está investigando se outras pessoas que se submeteram às provas estão envolvidas na tentativa de fraude.

Após as investigações da polícia, o Tribunal irá avaliar se as provas serão anuladas ou não, disse Eufrásio.

"Eles estavam com os telefones ligados para repassar ou emitir mensagens com o gabarito quando foram flagrados pelos fiscais. Até agora, cinco pessoas são acusadas da fraude, mas a polícia está investigando se existem mais envolvidos e se eles fizeram as provas sem que fossem descobertos. A Fundação Getúlio Vargas já está tomando as providências para avaliar também o concurso", disse o desembargador.