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Veja 9 passos para terminar o ano no azul e arrumar o bolso em 2017

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Imagem: Getty Images/iStockphoto

Sophia Camargo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

29/09/2016 06h00

Faltam pouco mais de três meses para terminar o ano. Para quem está endividado, será que dá tempo de chegar ao fim de 2016 no azul?

Dependendo do tamanho das dívidas, é possível arranjar dinheiro cortando despesas supérfluas. 

Outra opção é se desfazer de algum patrimônio. "Ao vender um carro para quitar dívidas elevadas, a pessoa se livra dos juros e também de despesas com o próprio carro, por exemplo", afirma Valter Police, planejador financeiro do IBCPF (Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros).

Segundo ele, a missão de chegar ao fim do ano no azul não é possível para aquele que está superendividado. "O superendividado é aquele que tem parcelas de dívida a pagar de um tamanho tal que, se for pagá-las, a pessoa não consegue nem sequer sobreviver."

Mesmo quem está nessa situação, ainda que não consiga quitar as dívidas até o final do ano, pode começar a mudar os hábitos que o levaram a se endividar para que não se endivide mais e tenha um 2017 mais tranquilo em relação às finanças.

Veja mais dicas de Police e também do consultor de investimentos Dirceu Arcoverde, do portal Desfixa:

1) Avalie a situação
carreira planejamento financeiro - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

O primeiro passo será avaliar a situação financeira. Isso deve ser feito por meio do orçamento doméstico. "Pode fazer num caderninho mesmo, pega lápis e papel e vai colocando tudo o que recebe e todas as contas que tem que pagar, cartão de crédito, conta de luz, boleto atrasado, soma tudo para ter uma ideia de quanto deve", diz Arcoverde.

Na sua experiência como planejador, Police diz que muita gente tem medo de olhar a situação das finanças e acha que a solução é deixar para lá. "É o mesmo que estar doente e não querer ir ao médico. A doença não vai sumir com o tempo, ela vai piorar. A solução é tomar o remédio o quanto antes. Quanto mais demorar, mais tempo terá de tomar o remédio amargo", diz.

2) Corte gastos e aumente a renda
cortar gastos orçamento doméstico - Arte/UOL - Arte/UOL
Imagem: Arte/UOL

Feita a avaliação do orçamento, deverá tentar aumentar os ganhos e diminuir as despesas para que o saldo seja o maior possível. Corte as despesas desnecessárias e procure fontes de renda alternativas. Algumas sugestões: fazer bolos, virar motorista de aplicativo de transporte, dar aulas particulares, vender artesanato, passear com cachorros. Qualquer habilidade que tenha pode ser usada para obter essa renda extra.

3) Descubra para quem deve
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O orçamento também deverá mostrar como estão as dívidas: para quem deve, quanto deve, quais são as taxas de juros que paga. "A partir daí, é aconselhável que a pessoa se livre das dívidas mais caras, como cartão de crédito e cheque especial, que se tornam impagáveis com o tempo", diz Arcoverde.

Police lembra que é preciso cuidado também com as dívidas que envolvem garantias como imóvel e carro. "Se não pagar, perderá esses bens", diz. Ao renegociar as dívidas, é preciso cuidado para que as parcelas caibam no orçamento e possam ser pagas com regularidade. Trocar as dívidas caras por outras mais baratas, como empréstimo consignado, é uma opção.

4) Não faça novas dívidas
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Se o objetivo é entrar em 2017 no azul, não faça novas dívidas. Qualquer compra parcelada entra nessa regra. Só pague as compras à vista, e, se não for possível comprar, não compre. O problema com o parcelamento das compras é que as pessoas tendem a esquecer que já comprometeram uma parte do orçamento para os próximos meses e acabam gastando cada vez mais. "Se está no fundo do poço, a primeira medida é parar de cavar", diz Police.

5) Aproveite o 13º
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Imagem: Arte UOL

Quando chega o final do ano, muitas pessoas recebem 13º salário e bonificações. Aproveite esses ganhos extras para quitar as dívidas ou para engordar a poupança.

6) Lembre-se de janeiro
Calendário, prazo, meta, data, vencimento - iStock - iStock
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Janeiro é um mês puxado nas contas, pois começam a ser cobrados IPVA, IPTU, matrícula e material escolar, além das parcelas das compras de fim de ano e férias. O ideal é que as despesas já estejam previstas e que seja feita uma poupança mensal para pagar essas dívidas. Um exemplo: se o IPVA irá custar R$ 3.000, economize R$ 250 todo mês para pagar essa dívida sem tanto sufoco.

7) Esqueça os hábitos ruins
Resista às compras por impulso - Thinkstock - Thinkstock
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Segundo Police, há alguns hábitos que são particularmente danosos à saúde financeira. São eles: 1) tomar decisões sem analisar as consequências, 2) tentar compensar frustrações e tristezas da vida com compras e 3) parcelar tudo o que compra. "O hábito de fazer parcelas compromete o seu futuro, cujas rendas são incertas, com compras que fez no passado, que têm parcelas certas."

8) Repense as viagens
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É normal querer viajar nas férias, mas se a situação está apertada, não vale se endividar ainda mais. Se não é possível viajar 10 dias, viaje 5 dias. Se não dá para fazer uma viagem internacional, faça uma nacional. Se não for possível nem mesmo viajar, faça passeios dentro da própria cidade. Pense que é por pouco tempo, um sacrifício que mais tarde vai valer a pena, quando as finanças estiverem em ordem. Então poderá se programar com antecedência para fazer a viagem que deseja, poupando um pouco por mês.

9) Natal sem dívidas
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Ninguém deve se endividar para comprar presentes de Natal mesmo que esteja com as contas em dia. O presente de Natal deve ser comprado de preferência à vista e sempre ser adequado ao tamanho do bolso. Lembre-se de que um presente deve ter um significado para a pessoa, então é preferível fazer uma lembrança gastando pouco, do que ir ao shopping no último dia comprar qualquer coisa só para presentear. "Se as pessoas gostam de você, elas não vão querer ser responsáveis pela piora do seu endividamento", diz Police.