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OPINIÃO

Por que o mercado prevê recessão nos EUA e se prepara para tempestade?

Getty Images
Imagem: Getty Images

Rafael Bevilacqua

22/06/2022 09h30

Esta é a versão online da edição de hoje da newsletter Por Dentro da Bolsa, que explica por que o mercado prevê que uma recessão nos Estados Unidos é inevitável no curto prazo. Para assinar este e outros boletins e recebê-los diretamente no seu email, cadastre-se aqui. Os assinantes UOL ainda têm direito a mais duas newsletters exclusivas sobre investimentos.

Nas últimas semanas, têm crescido as apostas em uma recessão nos Estados Unidos, especialmente após o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) ter anunciado uma elevação dos juros em 0,75 ponto percentual, para o patamar entre 1,50% e 1,75% ao ano.

Grandes nomes do mercado financeiro, economistas e empresários defendem que uma recessão no curto prazo é inevitável, e vêm se preparando para enfrentar a tempestade que pode estar a poucos meses de distância.

A preocupação se deve ao fato de que o Fed tem acelerado cada vez mais o ritmo de alta dos juros na tentativa de conter a disparada da inflação nos Estados Unidos.

Por mais que uma alta dos juros seja inevitável no presente momento, esse movimento tende a ter como efeitos colaterais o encarecimento do crédito e o esfriamento da demanda por bens e serviços, o que faz com que as pessoas consumam menos, provocando uma desaceleração do crescimento econômico.

Diante da disparada da inflação nos Estados Unidos, que acumula alta de 8,6% nos últimos 12 meses encerrados em maio, o mercado projeta que o Fed deve elevar os juros para além do patamar considerado neutro até o final deste ano.

O chamado "juro neutro" é a taxa que, teoricamente, permite o crescimento econômico sem resultar em alta da inflação. Para recuperar a estabilidade dos preços, contudo, o Fed terá de elevar os juros a patamares contracionistas, ou seja, que desestimulam a atividade econômica.

Dessa forma, o mercado já projeta que a taxa básica de juros dos Estados Unido deva chegar a 3,4% ainda neste ano, podendo subir ainda mais em 2023, a depender da conjuntura macroeconômica.

Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes UOL, que possuem acesso integral ao conteúdo de UOL Investimentos): informações sobre os resultados da São Martinho no ano-safra 2021/22.

Um abraço,

Rafael Bevilacqua
Estrategista-chefe e sócio-fundador da Levante

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Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.