Dólar cai 0,55% com venda de exportador; Ibovespa fica praticamente estável

O dólar comercial fechou a sexta-feira (17) em baixa ante o real sob influência de uma série de fatores, como comentários sobre juros do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, venda de moeda por parte de exportadores e queda da moeda norte-americana no exterior. A moeda americana encerrou o dia vendido a R$ 5,1019, em baixa de 0,55%. Na semana, a divisa acumulou baixa de 1,07%.

Em um dia de agenda de indicadores relativamente esvaziada, os condutores do mercado de câmbio no Brasil foram em sua maioria baixistas para o dólar. Após registrar a cotação máxima do dia às 9h, em R$ 5,1391, o dólar perdeu força gradativamente, impactado por um conjunto de fatores.

Em primeiro lugar, repercutiu nas mesas de operação entrevista concedida por Campos Neto ao Estadão, na qual o presidente do BC afirmou que não poderia antecipar novos cortes da taxa básica Selic, hoje em 10,5% ao ano. Ele também defendeu que é prerrogativa da autarquia mudar sua orientação futura quando necessário e disse que a instituição precisa "de tempo, serenidade e calma para saber como as variáveis vão se desenrolar" até a próxima reunião.

Um segundo fator para a baixa do dólar foi que exportadores aproveitaram as cotações em níveis mais elevados para vender moeda.

Bolsa

O Ibovespa fechou com uma variação modesta após uma semana agitada, com a Petrobras ainda penalizada pela troca no comando da estatal, enquanto Vale proporcionou um suporte relevante na esteira da alta do minério de ferro após anúncio de medidas para o setor imobiliário na China. O índice de referência do mercado acionário brasileiro recuou 0,1%, para 128.150,71 pontos, nesta sexta (17). Na semana, acumulou uma variação positiva de 0,43%.

O clima mais contido nesse pregão acompanhou declarações mais cautelosas de autoridades do banco central norte-americano desde a véspera, reconhecendo os dados mais benignos, mas ainda querendo mais evidências sobre o arrefecimento da inflação.

A ação preferencial da Petrobras fechou em baixa de 1,66%, ainda fragilizada pelos receios envolvendo a troca do comando da estatal, anunciada na terça-feira. Magda Chambriard, indicada pelo governo federal para ser a próxima presidente da estatal, recebeu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a missão de acelerar investimentos no comando da companhia, para que a petroleira seja a principal indutora de emprego e renda no país, afirmaram nessa semana pessoas com conhecimento das conversas.

A ação ordinária da Vale avançou 1,96%, endossada pela alta dos preços do minério de ferro na China, após o banco central chinês viabilizar o equivalente a US$ 138 bilhões em financiamento extra e flexibilizar regras de hipoteca. Além disso, governos locais na China se preparam para comprar "alguns" apartamentos. O futuro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com alta de 2,18%, a 891,5 iuanes (US$ 123,47) a tonelada.

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*Com Reuters

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