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Aumentam casos de intoxicação por cigarro eletrônico nos EUA

03/04/2014 16h49

WASHINGTON, 03 Abr 2014 (AFP) - Centros de toxicologia dos Estados Unidos detectaram um forte aumento dos acidentes causados por cigarros eletrônicos.

Os casos envolvem, principalmente, crianças que manipularam o líquido que contém nicotina inalado pelos usuários dos "e-cigarettes".

O número de chamadas recebidas pelos centros de atendimento para atender a este tipo de intoxicação aumentou de um por mês em setembro de 2010 para 2014 casos mensais em fevereiro de 2014 - anunciaram nesta quinta-feira as autoridades norte-americanas.

Ao todo, os cigarros eletrônicos provocaram 2.405 ligações para os centros de toxicologia. Os cigarros convencionais contabilizam 16.248 acidentes, como a ingestão de tabaco por crianças.

Mais da metade das chamadas recebidas por causa dos cigarros eletrônicos envolviam menores de cinco anos que haviam ingerido, inalado ou derrabado o líquido na pele ou nos olhos. A maioria apresentava sintomas como náuseas, vômitos ou irritação da pele.

Uma pessoa se matou ao injetar o líquido à base de nicotina na corrente sanguínea, segundo os Centros para Prevenção e Controle de Doenças (CDC).

O cigarro eletrônico funciona como um vaporizador pelo qual se inala uma solução com nicotina misturada a sabores frutados ou doces.

"Este estudo é outro alerta vermelho sobre os novos cigarros eletrônicos. O líquido que contém nicotina pode ser perigoso", afirmou o diretor do CDC, Tom Frieden. "À medida que o uso destes produtos aumenta, as intoxicações aumentam também", disse.

Nos Estados Unidos, os cigarros eletrônicos não estão sujeitos às mesmas regulações dos cigarros convencionais.

Menores de 18 anos também podem comprar os "e-cigarettes" legalmente. Segundo o CDC, 1,78 milhões de estudantes do ensino médio e universitários provaram seu primeiro cigarro eletrônico em 2012.