Governos progressistas perderam guerra midiática, diz Evo Morales
Havana, 22 Mai 2016 (AFP) - O presidente boliviano, Evo Morales, disse em entrevista à televisão cubana que o retrocesso da esquerda na América Latina se deve à incapacidade dos governos progressistas de enfrentar uma guerra midiática e à falta de preparação política da juventude.
"Acredito que a guerra midiática, isso... Talvez não estejamos conseguindo enfrentar como governos, chamados progressistas, governos do povo", afirmou Morales em uma entrevista realizada durante sua última visita à Cuba e transmitida neste domingo.
O presidente avaliou que foi dessa forma que seu governo perdeu o referendo de 21 de fevereiro sobre sua reeleição.
"Em 10 dias, com mentiras e calúnias, nos derrotaram na mídia e nas redes sociais", comentou.
"Talvez não tenhamos conseguido entender essa situação na Bolívia, e sinto que o mesmo está acontecendo na Argentina, no Brasil. Há monopólios de meios de comunicação, e qualquer mentira vai derrotar governos progressistas", denunciou.
Outro fator do retrocesso - segundo Morales - é a pouca preparação política das novas gerações.
"Sinto que as novas gerações veem o aspecto político de um ponto de vista de benefícios, não com princípios", avaliou o Evo Morales, 56 anos, dez deles como presidente da Bolívia.
Ele lembrou que alguns especialistas aconselharam-no a trabalhar com a juventude, com as novas gerações, e a informá-los da "verdade".
Disse ainda que o retrocesso da esquerda é parte de um "plano do império norte-americano".
Os Estados Unidos "querem retomar o controle da América Latina e do Caribe e, especialmente, da América do Sul, e há com certeza a ambição de estabelecer certa presença dos Estados Unidos nesses países, recuperando os governos servis a um modelo, a um sistema", acrescentou.
A questão do retrocesso da esquerda latino-americana e os "esforços" dos Estados Unidos contra os governos de esquerda da região foram analisados por Morales com o líder cubano Fidel Castro durante a visita, segundo um comunicado oficial.
Evo Morales esteve na ilha entre sexta-feira (20) e sábado.
"Acredito que a guerra midiática, isso... Talvez não estejamos conseguindo enfrentar como governos, chamados progressistas, governos do povo", afirmou Morales em uma entrevista realizada durante sua última visita à Cuba e transmitida neste domingo.
O presidente avaliou que foi dessa forma que seu governo perdeu o referendo de 21 de fevereiro sobre sua reeleição.
"Em 10 dias, com mentiras e calúnias, nos derrotaram na mídia e nas redes sociais", comentou.
"Talvez não tenhamos conseguido entender essa situação na Bolívia, e sinto que o mesmo está acontecendo na Argentina, no Brasil. Há monopólios de meios de comunicação, e qualquer mentira vai derrotar governos progressistas", denunciou.
Outro fator do retrocesso - segundo Morales - é a pouca preparação política das novas gerações.
"Sinto que as novas gerações veem o aspecto político de um ponto de vista de benefícios, não com princípios", avaliou o Evo Morales, 56 anos, dez deles como presidente da Bolívia.
Ele lembrou que alguns especialistas aconselharam-no a trabalhar com a juventude, com as novas gerações, e a informá-los da "verdade".
Disse ainda que o retrocesso da esquerda é parte de um "plano do império norte-americano".
Os Estados Unidos "querem retomar o controle da América Latina e do Caribe e, especialmente, da América do Sul, e há com certeza a ambição de estabelecer certa presença dos Estados Unidos nesses países, recuperando os governos servis a um modelo, a um sistema", acrescentou.
A questão do retrocesso da esquerda latino-americana e os "esforços" dos Estados Unidos contra os governos de esquerda da região foram analisados por Morales com o líder cubano Fidel Castro durante a visita, segundo um comunicado oficial.
Evo Morales esteve na ilha entre sexta-feira (20) e sábado.
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