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TPG demite e pode fechar escritório no Brasil, dizem fontes

Cristiane Lucchesi

17/08/2016 16h10

(Bloomberg) -- A TPG Capital, empresa de investimentos em participações fundada por Jim Coulter e David Bonderman, está demitindo pessoal no Brasil e pode fechar o escritório no país devido à falta de novos negócios, segundo duas pessoas com conhecimento da situação.

A empresa americana, que tem seus principais escritórios em São Francisco, Califórnia, e em Fort Worth, Texas, já anunciou aos funcionários que vai reduzir as operações no Brasil, de acordo com essas pessoas, que pediram anonimato porque a decisão não é pública. O escritório de São Paulo foi aberto em 2011.

A TPG não compra nenhuma empresa brasileira desde 2010. O sócio responsável pelo escritório de São Paulo, Denis Jungerman, está de saída do TPG. Abel Halpern, sócio no escritório de Londres, vai supervisionar os investimentos no Brasil, segundo uma das fontes. A TPG não quis comentar as informações e Jungerman não retornou e-mails solicitando comentário.

Especialistas em fusões veem sinais de retomada dos negócios no Brasil. O total de aquisições anunciadas de empresas brasileiras diminuiu 32 por cento neste ano em relação ao mesmo período de 2015, para US$ 14,5 bilhões, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. Foram ainda mais afetados os negócios envolvendo fundos de private equity, com o total caindo 73 por cento para US$ 729 milhões, segundo os dados.

Desde que o escritório abriu, a equipe da TPG em São Paulo apresentou ao comitê de investimento oportunidades de aquisição, mas nenhum projeto resultou em negócio, segundo uma das pessoas.

Um dos investimentos da TPG no país foi a aquisição em 2010 de uma fatia de 12,5 por cento da Rumo Logística SA por R$ 200 milhões (US$ 115 milhões na ocasião). Halpern continua integrando o conselho de administração da empresa, agora chamada Rumo Logística Operadora Multimodal SA. A TPG participou de um aumento de capital de R$ 2,6 bilhões em abril para viabilizar a reestruturação da dívida de R$ 2,9 bilhões da companhia.
Também em 2010, a TPG comprou uma fatia de 10 por cento da Azul Linhas Aéreas Brasileiras, fundada por David Neeleman, por US$ 30 milhões.