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OPEP nega nova queda dos preços do petróleo graças ao aumento da demanda

30/07/2015 20h29

Moscou, 30 jul (EFE).- O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Abdalla Salem el Badri, negou nesta quinta-feira em Moscou uma nova queda dos preços do petróleo nos próximos meses graças ao aumento da demanda nos mercados internacionais.

"Não, não. (Os preços) não vão cair, a demanda está crescendo. Estamos vendo que agora na segunda metade de 2015 a demanda cresce e seguirá crescendo em 2016", disse El Badri à imprensa russa.

Ao mesmo tempo, o secretário-geral da OPEP destacou que "os níveis de extração caem" e se absteve de especular sobre o preço do barril de petróleo para os próximos meses.

"Os preços se estabilizarão em 2016. Esperamos uma estabilização no mercado do petróleo no longo prazo. Todos nós sofremos pela instabilidade e a volatilidade dos preços nos últimos trimestres. A atual situação é um desafio para todos os produtores", comentou.

El Badri lembrou que na última reunião da OPEP, no início de junho, foi decidido manter o teto de produção nos 30 milhões de barris diários.

"Se reduzíssemos a cota de produção em 1,5 milhão de barris até os 28,5 milhões, ou inclusive em 2 milhões, então os preços não deixariam de cair", opinou.

El Badri também negou que o arrefecimento da economia chinesa, um dos maiores importadores mundiais de petróleo, possa afetar os preços, alegando que, apesar de tudo, a demanda segue aumentando.

O secretário-geral da OPEP, que fez estas declarações depois de se reunir em Moscou com o ministro da Energia da Rússia, Aleksandr Novak, também negou que a suspensão das sanções ao Irã possa representar um problema devido ao fluxo de um grande volume de petróleo iraniano.

"Sem dúvida nenhuma, podemos assumir este novo volume. Antes de mais nada, estamos contentes que as sanções contra o Irã serão em breve suspensas. Efetivamente, é uma grande conquista", disse.

Por sua parte, Novak destacou o interesse da Rússia, um dos maiores produtores e exportadores mundiais de petróleo, em cooperar com o cartel, apesar de não ser membro da OPEP.