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Chefe da Volkswagen nos EUA admite que companhia quis esconder emissões

08/10/2015 12h30

Washington, 8 out (EFE).- O presidente do Grupo Volkswagen nos Estados Unidos, Michael Horn, admitiu nesta quinta-feira a um comitê do Congresso dos Estados Unidos que o objetivo do software instalado em alguns de seus veículos diesel era ocultar suas emissões reais.

Horn também afirmou que só soube no dia 1º de setembro deste ano que os veículos do grupo alemão continham o software ilegal e acrescentou que, até esse momento, só sabia que alguns desses automóveis diesel não cumpriam as normas americanas sobre emissões.

Perante as perguntas dos congressistas americanos, o presidente reconheceu que não sabia exatamente como funciona o software instalado nos motores diesel de 2 litros porque não é "um engenheiro".

No entanto, Horn ressaltou que a empresa será capaz de reparar os veículos afetados.

Em seu testemunho perante o Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Representantes, Horn se desculpou em várias ocasiões pelas ações da montadora alemã e assinalou que a VW está disposta a "aceitar as consequências" de seus atos.

O executivo ofereceu desculpas em nome da companhia e seus colegas na Alemanha pelo "uso de um programa de software" cujo fim era manipular as emissões durante os testes.

O presidente do grupo alemão explicou que "há três grupos de veículos envolvidos, cada um com um das três gerações do motor de 2 litros diesel. Cada um requer uma solução diferente".

Segundo Horn, os responsáveis pela fraude "serão identificados" e sofrerão as consequências, mas "qualquer informação neste momento é preliminar".

"Pedimos sua compreensão até que terminemos este trabalho", acrescentou o presidente.