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Japão amplia pacote de estímulo para 3,5 trilhões de ienes

Issei Kato/Reuters
Imagem: Issei Kato/Reuters

11/12/2015 07h09

Tóquio, 11 dez (EFE).- O governo do Japão anunciou nesta sexta-feira (11) a ampliação de seu orçamento adicional para um plano de estímulo econômico de até 3,5 trilhões de ienes (US$ 28,8 bilhões), que se destinarão, sobretudo, a medidas sociais e ao setor agrícola.

O Executivo aumentou assim em 500 bilhões de ienes (US$ 4,1 bilhões) a quantia inicialmente prevista na minuta do plano, aprovado no final de novembro, segundo anunciou hoje o ministro de Finanças do Japão, Taro Aso.

A verba orçamentária adicional será incluída no atual exercício fiscal, que começou em abril e concluirá em março de 2016, e será formalmente aprovada na Dieta (parlamento) no dia 4 de janeiro.

Apesar de esse gasto extraordinário estar destinado a dar um novo impulso na economia japonesa, o Executivo mantém seu objetivo de reduzir até a metade seu elevado déficit fiscal em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do país, afirmou Aso.

A consolidação fiscal é, junto com o crescimento econômico, uma das prioridades do governo de Shinzo Abe, por isso este estipulou a meta de situar o déficit primário do Japão em 3,2% de seu PIB para o exercício em curso.

O novo orçamento incluirá 1,2 trilhões de ienes (US$ 9,8 bilhões) para reforçar o sistema de previdência social, enquanto 300 bilhões de ienes (US$ 2,47 milhões) serão dedicados a fomentar a natalidade e o emprego feminino, com medidas concretas como a ampliação das vagas nas creches.

Outros 300 bilhões de ienes serão destinados às ajudas para apoiar o setor agrícola devido à entrada em vigor do Acordo de Associação Transpacífico (TPP), recentemente assinado pelo Japão e outros 11 países.

O orçamento adicional também contém verbas importantes destinadas à reconstrução e à recuperação das áreas do Japão afetadas pelo terremoto e pelo tsunami de 2011, além de outros desastres naturais, assim como para a prevenção do terrorismo, segundo o ministro japonês.

Os recursos para financiar o pacote de medidas virão de verbas restantes do orçamento de 2014 e do aumento previsto nas receitas fiscais durante o exercício em curso.