IPCA
0,83 Mai.2024
Topo

BC da Argentina diz que só reduzirá juros no país se houver queda da inflação

28/04/2016 21h59

Buenos Aires, 28 abr (EFE).- O Banco Central da Argentina reiterou nesta quinta-feira, na apresentação da política monetária do país para 2016, que não diminuirá a taxa básica de juros até observar uma tendência decrescente na inflação.

O presidente da autoridade monetária na Argentina, Federico Sturzenegger, negou a possibilidade de uma eventual baixa na taxa, definida pelo rendimento das Letras do Banco Central (Lebac) a 35 dias, atualmente de 38%.

Sturzenegger lembrou hoje, ao apresentar as linhas gerais da política monetária da entidade, que a taxa de juros "se determina buscando influir sobre a dinâmica da inflação e, sobretudo, sobre as expectativas do mercado".

Sob a gestão do novo presidente do Banco Central, a Argentina começou no início deste ano uma trajetória orientada a ter um regime de metas de inflação. No entanto, segundo Sturzenegger, este ano é particular para o país, já que começou sem uma medição da inflação enquanto o governo reorganiza o órgão nacional de estatísticas, que voltará a divulgar os números a partir de junho.

Entre os objetivos de política monetária, o Banco Central pretende induzir uma "baixa sistemática e sustentável da inflação" e levá-la, "em um prazo razoável", aos 5% por ano.

Nesse sentido, o presidente do Banco Central afirmou que nesse ano a intenção é manter a inflação "o mais perto possível" dos 25% estimados pelo governo. Depois, para 2017, a expectativa é reduzir o índice para entre 12% e 17%, e, em 2018, para entre 8% e 12%, até conseguir atingir os 5% em quatro anos.

A inflação lidera as principais preocupações dos argentinos. As estimativas de analistas do mercado situam o índice em torno dos 35% neste ano.