Com R$ 1 milhão dá para largar tudo e viver de renda? Veja como investir esse dinheiro
SÃO PAULO – Ter R$ 1 milhão na conta é o sonho de muitas pessoas. Afinal, com essa quantidade de dinheiro é possível fazer muita coisa, como comprar um bom apartamento em capitais brasileiras ou, ainda, um carro esportivo de luxo. No entanto, dá para viver de renda com esse dinheiro?
Investir em títulos corrigidos pela inflação
Licelys Marques, planejadora financeira da Praisce Capital, afirma que até é possível viver de renda com esse dinheiro, mas a quantia a ser recebida em conta não será nenhuma cifra astronômica. “Dá para viver de renda se o investidor gastar pouco”, afirma a especialista.
Um investimento que a especialista sugere para aplicar essa quantia é o título Tesouro IPCA+ com cupons semestrais, do Tesouro Direto --programa de compra e venda de títulos públicos do governo federal. Esse título rende a inflação, mais uma rentabilidade determinada na hora da compra, e paga cupons semestrais ao investidor.
Atualmente, o título com vencimento para 2050 rende cerca de 6% ao ano, já descontando a taxa de custódia. O investimento não é isento de imposto de renda, o que significa que, no primeiro ano, a renda do investidor seria de R$ 3.942 e aumentaria até os dois anos do investimento, chegando a R$ 4.188 em valores corrigidos pela inflação.
Já no vencimento do título, o investidor pode resgatar o valor investido atualizado pela inflação, com acréscimo de juros semestrais. Com esse dinheiro, Licelys afirma que deve ser possível viver o resto da vida e, ainda, deixar uma herança para beneficiários.
Mix de renda fixa
Já Aldo Pessagno, da Manhattan Investimentos, aconselha o investimento na renda fixa após a acumulação de capital, de forma a deixar a carteira mais conservadora e manter uma rentabilidade interessante. “Nessa fase, apesar de nos restringirmos à renda fixa, temos um grande universo para trabalhar e alavancar os resultados”, afirma.
O especialista sugere uma carteira variada de investimentos, com aplicações no Tesouro Direto, em títulos bancários e debêntures. Considerando uma inflação de 9% ao ano e CDI (Certificado de Depósito Interbancário), a rentabilidade da carteira fica em 13,41%.
A renda nominal da carteira sugerida por Aldo fica em R$ 10.500 mensais em valores nominais, contra uma rentabilidade nominal de R$ 6.000 na poupança. No entanto, em valores corrigidos por uma inflação estimada em 9% ao ano, a rentabilidade fica em R$ 3.300 mensais.
Contudo, o passo mais importante que o investidor deve tomar é buscar uma boa assessoria de investimentos, para assim entender suas necessidades, objetivos, como alcançá-los com menos dificuldade e rever os investimentos periodicamente.
Confira a carteira recomendada por Aldo Pessagno abaixo:
Título | Líquidez | Valor Aplicado | Rentabilidade Bruta | Imposto | Rentabilidade líquida |
Tesouro Selic | Diária | R$ 200 mil | 100% Selic | 20% (em média) | 11,4% ao ano |
LCA Banco Original | 1 ano | R$ 100 mil | 13,1% ao ano | Isento | 13,1% ao ano |
LCI Rodobens | 2 anos | R$ 100 mil | 97% do CDI | Isento | 13,82% ao ano |
CDB Banco Pine | 3 anos | R$ 100 mil | IPCA + 7,5% ao ano (16,5% ao ano) | 15% | 14% ao ano |
CDB Banco Semear | 3 anos | R$ 100 mil | 120% do CDI (17,1% ao ano) | 15% | 14,53% ao ano |
Tesouro IPCA+ 2019 | Vencimento 2019 | R$ 300 mil | 6,58% + IPCA | 15% | 13,24% ao ano |
Debênture Rodovias do Tietê | Vencimento 2028 | R$ 100 mil | 7,17% + IPCA (16,17% ao ano) | Isento | 16,17% ao ano |
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