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"Economist" transforma Cristo Redentor em foguete e diz que "Brasil decola"

Da Redação, em São Paulo

12/11/2009 14h38

A revista britânica "The Economist" dedica a capa de sua mais recente edição mundial ao Brasil. A publicação, especializada e referência global em assuntos econômicos, traz uma reportagem especial de 14 páginas sobre a situação econômica do país.

A revista chama o Brasil de "a maior história de sucesso na América Latina". A capa mostra uma montagem com o Cristo Redentor no Rio de Janeiro (imagem do Brasil mundialmente conhecida) decolando, como se fosse um foguete. O título da capa é justamente "O Brasil decola".

A 'Economist" diz que o país que era só promessas começa a dar resultados, mas adverte que um dos riscos agora é  o excesso de confiança.

A reportagem afirma que, há poucos anos, em 2003, quando o Brasil foi apontado pelo banco Goldman Sachs como um dos integrantes do grupo de emergentes que iria dominar a economia global, o chamado Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), havia dúvidas sobre essa capacidade. Agora, esse ceticismo foi superado e o país é lembrado como um dos últimos a entrar em recessão por causa da crise mundial e um dos primeiros a sair dela.

A revista cita as descobertas de petróleo no pré-sal (águas profundas no litoral) e as exportações para países asiáticos como elementos que vão estimular ainda mais o crescimento da economia brasileira nos próximos anos. A previsão é que, ainda nesta década, depois de 2014, o país pode se tornar a quinta economia do mundo, superando o Reino Unido e a França.

A reportagem diz que a evolução não foi repentina e vem acontecendo dede os anos 90. Um dos fatos importantes teria sido a maior autonomia do Banco Central. A "Economist" também elogia a "imprensa livre", que revela casos de corrupção, embora "muitos continuem impunes".

O texto afirma que um dos riscos é o excesso de confiança. A revista diz que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva merece a "adulação" que tem recebido, mas que ele também é "sortudo" por estar governando num período de alta de preços de commodities (exportadas pelo Brasil) e num terreno "sólido" e preparado por seu antecessor, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.