Fundo norueguês reduz participação na Eletrobras, e compara Brasil com Venezuela
Os fundos geridos pela norueguesa Skagen reduziram sua participação de 15,22% para 14,82% do total de ações preferenciais da Eletrobras, segundo documento divulgado nesta terça-feira (27). Segundo a Skagen, o total de papéis preferenciais classe B da Eletrobras detidos por seus fundos passou de 40.396.346 para 39.338.346 após a venda de papéis em Bolsa.
Ao comentar a mudança nas regras para concessões elétricas no país, um executivo da Skagen comparou o Brasil à Venezuela e à Argentina, em entrevista publicada no jornal “Financial Times” no domingo (25).
“Vemos isso como uma forma de nacionalização de propriedade, então é mais ou menos o mesmo que vimos na Venezuela ou Argentina”, disse Kristian Falnes.
Os papéis da Eletrobras têm sofrido na Bovespa, com investidores assustados com os impactos que a renovação antecipada de concessões elétricas terá sobre a estatal. No dia 21 de novembro, as ações da empresa tiveram a pior queda da história, com desvalorização de 20% na sessão.
Desde a última sexta-feira, as ações da Eletrobras têm se recuperado na Bolsa paulista.
Mudança de regras para as elétricas
Na véspera do feriado de 7 de setembro, a presidente Dilma Rousseff anunciou que a conta de luz ficaria mais barata para consumidores e empresas a partir de 2013. A medida era uma reivindicação antiga da indústria brasileira para tornar-se mais competitiva em meio à crise global.
Para conseguir baixar a conta de luz, o governo precisou "mudar as regras do jogo" com as companhias concessionárias de energia, e antecipou a renovação dos contratos que venceriam em 2015. Em troca de investimentos feitos que ainda não tiveram tempo de ser “compensados”, ofereceu uma indenização a elas.
Algumas empresas do setor elétrico ofereceram resistência ao acordo, alegando que perderiam muito dinheiro. Caso elas não aceitem as novas regras, o governo deve ter dificuldades para conseguir baixar a conta de luz.
Desde o anúncio de Dilma, as ações de empresas ligadas ao setor passaram a operar em baixa na Bolsa de Valores, e algumas chegam a acumular queda de mais de 40% em dois meses. Com isso, o setor elétrico, que era historicamente atrativo por ter resultados e dividendos estáveis ou crescentes mesmo em crises econômicas, passou a ser alvo de desconfiança de investidores desde então no mercado acionário brasileiro. (Com informações da Reuters)
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