Saiba como é fabricado o brinquedo Genius, sucesso dos anos 80
Antes de um brinquedo ser colocado no mercado, ele passa por uma série de etapas, que vão do desenvolvimento aos testes de qualidade.
Para mostrar como é esse passo a passo, o UOL acompanhou o processo de fabricação do Genius, um brinquedo que foi sucesso nos anos 80 e voltou ao mercado no ano passado. Para jogar, é preciso repetir a sequência de cores que acendem aleatoriamente e com cada vez mais velocidade. Os botões coloridos também emitem, cada um, um som diferente.
Produtos era campeão de pedidos no SAC da empresa
O Genius foi relançado para atender a um público saudosista, que ligava para o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da Estrela pedindo a volta do produto. Até por isso, o jogo voltou ao mercado com o mesmo molde e a mesma embalagem que tinha nos anos 80.
Antes de voltar ao mercado, o Genius, assim como acontece com todos os brinquedos, passou por uma série de série de testes para se adequar às regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e ganhar o selo de segurança do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
Para ganhar o selo, um modelo do brinquedo precisa passar, entre outros, pelo teste de vida (que mostra por quanto tempo o produto poderá funcionar), de queda (o Genius, por exemplo, sofre uma queda de uma altura de 1,2 metro) e de metais pesados (que mostra se ele contém metais que podem ser prejudiciais à saúde da criança, como arsênio, chumbo e mercúrio).
"É preciso, ainda, verificar se o brinquedo atende ao Código de Defesa do Consumidor: ele precisa ter informações claras, em língua portuguesa, assistência pós-venda e peças de reposição, por exemplo", afirma o gerente do laboratório da Estrela em Itapira (159 km de São Paulo), Aldacir Pedroza Lago.
Depois que passa nesses testes, o produto é liberado para a fábrica.
1.000 unidades são fabricadas por dia em Itapira
Na fábrica da Estrela em Itapira, no interior de São Paulo, são fabricadas cerca de mil unidades do Genius por dia.
A matéria-prima de brinquedos como esse é um plástico em formato de pequenas bolinhas transparentes. Depois de ficar por 25 minutos dentro de uma máquina recebendo pigmentos colorantes, esse material está pronto para ser moldado. No caso do Genius, são usados plásticos nas cores preta, vermelha, verde, azul e amarela.
Depois de coloridas, as pequenas bolinhas de plástico são levadas para outro equipamento. Lá o plástico é derretido a uma temperatura que passa de 150º C e injetado no molde de uma peça do brinquedo. A peça demora 21 segundos para ficar pronta, sendo, então, resfriada e enviada para a linha de montagem.
Funcionários são pagos para testar brinquedos
Produto fica cerca de 2 minutos na linha de produção
Praticamente todas as peças usadas na fabricação do Genius são nacionais. A exceção é o circuito eletrônico do brinquedo, que é importado da China. Antes de ser adicionado ao brinquedo, esse circuito é testado por funcionários da fábrica.
Na linha de produção, as peças são encaixadas, o circuito eletrônico é adicionado e parafusado. As luzes e sons do Genius são novamente testados e o brinquedo é encaixotado para ser enviado para os fornecedores.
A maioria dos funcionários do setor é mulher. "A operação de soldagem do brinquedo é um trabalho mais delicado", diz o gerente de produção da fábrica da Estrela em Itapira, Marcos Blanco.
Antes de as caixas do brinquedo saírem da fábrica, uma amostra de cada lote ainda é enviada para um departamento de Controle de Qualidade. Lá, funcionários da Estrela passam o dia, literalmente, brincando. O objetivo é saber se o produto está perfeito para uso, obedecendo aos comandos de quem está manuseando.
Indústria de brinquedos fatura quase R$ 4 bi por ano
A indústria de brinquedos fatura cerca de R$ 3,8 bilhões por ano no Brasil, segundo estimativa da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq). Mais de 1.500 novos produtos chegam ao mercado todos os anos, a maioria logo antes do Dia das Crianças, em outubro.
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