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BC reduz estimativa de crescimento da economia no ano para 2,7%

Do UOL, em São Paulo

27/06/2013 08h46Atualizada em 27/06/2013 09h14

O Banco Central (BC) reduziu as estimativas de crescimento da economia, ao mesmo tempo em que piorou sua perspectiva para inflação em 2013 e em 2014.

Segundo Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quinta-feira (27), o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, deve ter alta de 2,7% no ano, ante estimativa de 3,1%.

O BC argumenta que os indicadores de atividades já vistos no segundo trimestre sugerem continuidade da recuperação, como a retomada da indústria e a manutenção da expansão do consumo das famílias, apesar da estimativa de crescimento para esta variável ter recuado a 2,6%, ante 3,5%.

A inflação elevada tem afetado a demanda dos consumidores, uma vez que afeta o poder de compra da população.

E a perspectiva para a inflação piorou na visão do BC. O IPCA, que mede a inflação oficial, ficará em 6% neste ano, ante previsão anterior de 5,7%, e em 5,4% em 2014, acima da estimativa anterior, de 5,3%.

O BC informou que a maior volatilidade nos mercados e a alta do dólar são riscos para a economia, mas destacou que seus repasses à inflação tendem a ser suavizados pelo ciclo de aperto monetário em curso.

"Além disso, esse repasse tende a ser suavizado pelo ciclo de ajuste da política monetária ora em curso", trouxe o relatório, acrescentando que a inflação em 12 meses ainda apresenta tendência de elevação e que o balanço de riscos é desfavorável.

Governo já havia reduzido estimativa de crescimento do PIB

No final de maio, o governo anunciou que iria reduzir as estimativas de crescimento da economia no ano, após o fraco resultado do PIB (Produto Interno Bruto) no 1º trimestre.

A previsão de crescimento da economia já havia sido encurtada em abril, de 4,5% para 3,5%. As estimativas estão no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

A projeção de instituições financeiras, consultadas todas as semanas pelo BC, para a expansão da economia é menor que a da autoridade monetária, para este ano. A última projeção, após seis quedas seguidas, ficou em 2,46%. Para 2014, a estimativa é 3,1%.

A economia brasileira cresceu 0,6% no 1º trimestre, abaixo do crescimento esperado pelo mercado (0,9%).