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Lucro do Bradesco sobe 5,5% em 2013 e bate recorde, com R$ 12 bilhões

Do UOL, em São Paulo

30/01/2014 07h50Atualizada em 30/01/2014 08h55

O Bradesco (BBDC4), segundo maior banco privado brasileiro, anunciou nesta quinta-feira (30) que fechou o ano de 2013 com lucro líquido de R$ 12,011 bilhões. O valor é 5,5% maior que o registrado em 2012 (R$ 11,381 bilhões), e bate novo recorde.

Sem considerar despesas extraordinárias --como o pagamento de tributos atrasados, por meio do programa Refis, por exemplo--, o chamado "lucro líquido ajustado" do banco subiu 6% em relação a 2012, para R$ 12,202 bilhões.

O desempenho foi apoiado pela queda na inadimplência e a redução de despesas com calotes.

Só no quarto trimestre, o Bradesco teve lucro líquido de R$ 3,079 bilhões, um crescimento de 6,4% sobre o mesmo período de 2012 (R$ 2,893 bilhões). 

Em 31 de dezembro de 2013, o valor de mercado do Bradesco era de R$ 128,085 bilhões. A carteira de crédito do banco totalizava R$ 427,273 bilhões, uma alta de 10,8% em relação a 2012.

Foram distribuídos aos acionistas, ao longo do ano, R$ 4,078 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio.

Produtos de maior crescimento

No acumulado do ano, foram os desembolsos para pessoas físicas que tiveram melhor desempenho, com alta de 11,2%, enquanto para as empresas o crescimento foi de 10,6%.

Os destaques entre os produtos para pessoa física foram financiamento imobiliário, que teve alta anual de 35%; crédito consignado, crescimento de 29%, e crédito rural, com aumento de 21%.

Os empréstimos para aquisição de veículos continuaram em queda, retraindo 3,5% no trimestre e 12,4% no ano.

Para empresas, os produtos que apresentaram maior crescimento nos últimos doze meses foram financiamento à exportação; e financiamento imobiliário.

Menores perdas com dívidas em atraso

O índice de inadimplência do banco, medido pelo saldo de operações vencidas com mais de 90 dias, foi de 3,5% no quarto trimestre, ante 4,1% no mesmo período de um ano antes e 3,6% registrado entre julho e setembro de 2013.

Já o indicador que acompanha empréstimos vencidos há mais de 60 dias, um indicador da inadimplência futura, também registrou queda, passando de 5% no quarto trimestre de 2012, para 4,2% no final de dezembro, número que foi mais baixo que os 4,4% apurados no terceiro trimestre do ano passado.

As despesas com provisões do banco para devedores duvidosos somaram R$ 2,961 bilhões, queda de 7,8% no comparativo ano a ano. Porém, na comparação com o terceiro trimestre houve crescimento de 2,77% nesta linha.

Para 2014, o Bradesco prevê um aumento da carteira de crédito expandida um pouco mais contida, entre 10% a 14%, sendo que o melhor desempenho deve vir das pessoas físicas (11% a 15%). Para as empresas, a perspectiva é de crescimento entre 9% e 13%.

(Com Reuters e Valor)