Produção industrial sobe quase 3% em janeiro e cai 2,4% em um ano, diz IBGE
A produção industrial no país subiu 2,9% em janeiro na comparação com dezembro do ano passado, mas caiu 2,4% na comparação com janeiro de 2013, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (11).
No acumulado em 12 meses, a produção industrial do Brasil tem alta de 0,5%. Em 2013, o indicador havia fechado o ano com alta de 1,2%, puxada pela produção de veículos.
Produção de caminhões faz bens de capital avançarem 10%
Entre as grandes categorias analisadas pelo IBGE, a de bens de capital foi a que mostrou maior expansão em janeiro na comparação com dezembro, subindo 10%.
A alta foi influenciada, em grande parte, pela retomada da produção de caminhões, uma vez que o mês de dezembro foi de férias coletivas para o setor.
O setor produtor de bens de consumo duráveis registrou alta de 3,8%, recuperando parte das perdas de 4,4% verificada em dezembro.
Também reverteram quedas os segmentos de bens de consumo semi e não duráveis e de bens intermediários, com expansão de 1,2% cada um.
17 dos 27 ramos pesquisados tiveram alta
A maioria dos ramos de atividade pesquisados pelo IBGE apresentou alta em janeiro, na comparação com dezembro do ano passado.
Entre as atividades, as principais influências positivas foram registradas por farmacêutica (29,4%), veículos automotores (8,7%) e máquinas e equipamentos (6,4%).
Outras contribuições positivas importantes sobre o total da indústria vieram de máquinas para escritório e equipamentos de informática (18,2%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalar, ópticos e outros (17,5%), calçados e artigos de couro (10,7%), material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (7,6%), borracha e plástico (4,9%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (3,9%) e metalurgia básica (2,8%).
Entre os nove ramos que reduziram a produção, os desempenhos de maior importância para a média global foram registrados por fumo (-47,6%), produtos de metal (-2,7%), outros produtos químicos (-2,5%) e refino de petróleo e produção de álcool (-2,2%), influenciada por paralisações em unidades produtivas do setor.
Em um ano, produção caiu 2,4% puxada por veículos
Na comparação de janeiro deste ano com janeiro de 2013, a produção industrial apresentou queda de 2,4%. A maior influência negativa foi do setor de veículos, com queda de 14,4%.
Segundo o IBGE, cerca de 90% dos produtos deste setor apresentaram queda na produção, com destaque para automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias, chassis com motor para caminhões e ônibus, autopeças e motores diesel para caminhões e ônibus.
Além do setor de veículos, também contribuíram para o resultado negativo na comparação a edição, impressão e reprodução de gravações (-11,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,7%), produtos de metal (-8,2%), bebidas (-5,9%), borracha e plástico (-5,8%) e refino de petróleo e produção de álcool (-2,9%).
Por outro lado, ainda na comparação com janeiro de 2013, entre as oito atividades que ampliaram a produção, os principais impactos foram observados em material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (27,8%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (20,5%), outros equipamentos de transporte (8,2%) e máquinas e equipamentos (6,9%).
Bens de consumo duráveis recuaram 5,4%
Na comparação entre janeiro de 2014 e o mesmo mês de 2013, a categoria de bens de consumo duráveis apresentou a pior queda, recuando 5,4%. Foi o quarto resultado negativo seguido neste tipo de comparação.
Os bens de consumo semi e não duráveis tiveram baixa de 3%, sexto resultado negativo neste tipo de comparação. A produção de bens intermediários caiu 2,7%, a queda mais intensa desde fevereiro do ano passado (-4,5%).
A única categoria que teve resultado positivo foi a de bens de capital, com alta de 2,5%.
O segmento de bens de consumo duráveis foi influenciado em grande parte pela menor fabricação de automóveis (-18,2%), de artigos do mobiliário (-9,7%) e de eletrodomésticos da “linha branca” (-7,2%).
O de bens semi e não duráveis foi influenciado pela queda na produção de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-3,6%), de outros não duráveis (-3,6%) e de semiduráveis (-3,4%).
A categoria de bens intermediários teve influência negativa de veículos automotores (-13,6%), produtos de papel (-10,0%), borracha e plástico (-5,9%), produtos têxteis (-5,1%), refino de petróleo e produção de álcool (-4,7%), metalurgia básica (-3,1%), celulose, papel e produtos de papel (-2,4%), minerais não-metálicos (-1,5%) e indústrias extrativas (-0,9%).
(Com Reuters)
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