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Governo adia aumento de impostos; bebidas não devem subir durante a Copa

Do UOL, em São Paulo

13/05/2014 14h41Atualizada em 13/05/2014 16h12

O governo voltou atrás nesta terça-feira (13) e decidiu adiar por três meses o aumento dos impostos sobre bebidas frias --cervejas, refrigerantes, isotônicos e refrescos. O reajuste será feita aos poucos, e não de uma vez só.

Em troca, os empresários assumiram o compromisso de não aumentar os preços durante a Copa. A alta de impostos estava prevista para entrar em vigor em 1º de junho e, agora, ficou para 1º de setembro. 

A decisão foi tomada após encontro do ministro da Fazenda, Guido Mantega, com representantes do setor de bebidas frias e do segmento de bares e restaurantes. 

"O governo postergará o aumento da tabela e o setor adiará o aumento de preços. Será uma Copa sem aumento de preços de bebidas", disse Mantega.

A manutenção dos preços terá um efeito benéfico na inflação, continuou Mantega. “Inflação está sob controle e o setor poderá dar contribuição nesse sentido. Os preços estão mais comportados, mas queremos que eles não subam nada”, explicou.

Ameaças de alta nos preços e corte de empregos

Antes do encontro, uma fonte do setor de bebidas havia informado à agência de notícias Reuters que o setor iria reajustar os preços em 5% ao consumidor caso o governo não adiasse o aumento da carga tributária. 

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) chegou a falar em demitir 200 mil pessoas logo após a Copa caso a alta de impostos não fosse adiada.

Dois reajustes em pouco mais de um mês

No começo de abril, o governo havia anunciado um aumento de impostos sobre o setor de cervejas, refrescos, isotônicos e energéticos para bancar os gastos extras com a conta de luz. A alta entrou em vigor em 1º de abril, elevando o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e as contribuições PIS e Cofins. 

O reajuste foi para todos os tipos de embalagens de cerveja, e para latas ou vidro de refrescos, isotônicos e energéticos, mas não afetou os preços da água mineral, inclusive com gás, nem dos refrigerantes.

No final do mesmo mês, a Receita Federal divulgou outra mudança na tabela de tributação sobre bebidas frias, que deveriam entrar em vigor a partir de 1º de junho.

(Com Reuters e Valor)