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Cai o número de jovens com emprego e aumenta a ocupação para maiores de 30

Sílvio Guedes Crespo

DO UOL, em São Paulo

18/09/2014 10h00Atualizada em 26/09/2014 13h35

A população ocupada aumentou em 587 mil no ano passado, alcançando um total de 95,9 milhões de pessoas, de acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Porém esse aumento não ocorreu de forma homogênea na população. Entre as pessoas com idade entre 15 e 29, houve uma diminuição de 3,8% no número de ocupados, para 28 milhões.

Ao mesmo tempo, entre os maiores de 30 anos ocorreu um aumento de 2,9% na quantidade de ocupados, que atingiu 68 milhões de pessoas.

O emprego entre adolescentes foi o que mais caiu, em comparação com outras faixas etárias. A população entre 15 e 17 anos ocupada caiu 12,3% no ano passado, para 2,3 milhões.

A pessoa só passa a ser considerada desocupada se ela deixa de ter uma ocupação remunerada e começa a buscar emprego. Se ela não procura trabalho, por exemplo, por estar estudando, ou por qualquer motivo, a pessoa é considerada inativa, e não desempregada.

A população ocupada teve seu maior aumento na faixa etária de 50 a 59 anos. Houve um crescimento de 5,2% nesse contingente, alcançando 14,7 milhões de pessoas.

Regiões

Das cinco grandes regiões em que se divide o país, apenas no Norte houve queda na população ocupada, de 0,8% de 2012 para 2013. Com isso, a região passou a ser a que conta com o menor número de pessoas com trabalho remunerado (7,4 milhões), ficando atrás do Centro-Oeste (7,5 milhões). Em 2012, o Norte estava à frente do CO.

O maior aumento do número de pessoas empregadas ocorreu no Sul, com alta de 1,7%. Com isso, a região gerou 249 mil postos de trabalho remunerados no ano passado – mais do que o Sudeste, que tem a maior população ocupada, mas com geração de 133 mil ocupações (alta de 0,3% sobre 2012).

O Sudeste continua sendo a região com maior ocupação (41,5 milhões). Em seguida, vêm o Nordeste (24,3 milhões), o Sul (15,3 milhões), o Centro-Oeste (7,5 milhões) e o Norte (7,4 milhões). 

O Estado onde houve a maior queda na população ocupada foi o Acre (-11,8%). O que registrou o maior avanço foi o Amapá (4,3%). Em número absoluto, o recuo mais acentuado ocorreu no Rio Grande do Sul, com a perda de 122 mil pessoas ocupadas. O aumento mais intenso foi no Rio de Janeiro, que ganhou 177 mil trabalhadores.

Intervalo de confiança

Por ser uma pesquisa por amostra, as variáveis divulgadas pela Pnad estão dentro de um intervalo numérico, que é o chamado "erro amostral". Segundo o IBGE, não há uma margem de erro específica para toda a amostra. Para a Pnad 2013, foram ouvidas 362.555 pessoas em 148.697 domicílios pelo país.

IBGE corrigiu dados

Um dia após divulgar os dados da da Pnad-2013 (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou ter errado nos resultados. Esta nota foi atualizada com as correções.