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Brasil não vira Venezuela, e economia vai reagir, diz ex-ministro de Sarney

Do UOL, em São Paulo

28/08/2015 11h38

A presidente Dilma Rousseff é populista e cometeu erros, mas há um pessimismo excessivo sobre a economia do país, disse em debate o economista e ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega (governo José Sarney).

"Falam que o Brasil vai acabar, vamos virar Venezuela. Não é nada disso. Já tivemos situação pior. Objetivamente o Brasil tem condições de fazer essa travessia."

Segundo ele, a economia do país "não vai continuar despencando até 2018. O setor privado reage. A presidente Dilma tomou várias medidas irresponsáveis, mas não somos somos a Venezuela, não vamos até o abismo".

As declarações foram feitas durante um programa Roda Viva especial apresentado pela TV Cultura na quinta-feira (27) para debater saídas à crise política e econômica do país.

Alem de Mailson, estiveram presentes o economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-presidente do BNDES e ex-ministro das Comunicações (governo FHC); o presidente da OAB-SP, Marcos da Costa; o consultor político e professor de comunicação política da USP Gaudêncio Torquato; e o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (PSDB).

Veja algumas frases de destaque do programa e seus autores entre parênteses:

- "Na eleição, a Dilma quis manter um nirvana [paraíso] que não poderia, e agora tem de fazer uma recessão." (Mendonça de Barros)

- "Resolver a crise é fazer o Brasil voltar a crescer. E não vai voltar a crescer sem restaurar a produtividade." (Mailson)

- "Precisamos de reformas estruturais. Mas não se fazem reformas complexas, que mexem com grupos poderosos, quando não há liderança." (Mailson)

- "Por que a Dilma escolheu Joaquim Levy para ministro? Porque as agências de risco disseram que tinha de mudar o rumo." (Mendonça de Barros)

- "O país teve o maior crescimento de renda da história, uma média de 4,5% por ano desde 2004 [governo Lula e Dilma]". (Mendonça de Barros)

- "Quando a ideologia começa a ditar a economia, há uma desorganização total." (Capez)