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Empresário é preso suspeito de movimentar R$ 100 mi em esquema de pirâmide

Carros de luxo também foram apreendidos em operação da Polícia  - Divulgação/Polícia Federal
Carros de luxo também foram apreendidos em operação da Polícia Imagem: Divulgação/Polícia Federal

Do UOL, em São Paulo

11/11/2021 10h56Atualizada em 11/11/2021 10h56

Um empresário, cuja identidade não foi divulgada, foi preso na manhã de hoje em São Paulo, suspeito de comandar um esquema de pirâmide financeira que pode ter movimentado mais de R$ 100 milhões nos últimos quatro anos. Ele estava saindo de uma casa de show quando foi abordado pela polícia. Além dele, também foi preso o diretor-geral do grupo que está sendo investigado.

Eles foram conduzidos para a sede da Polícia Federal em Jales e serão ouvidos pelas autoridades. Além deles, também foram presos a ex-esposa do empresário e a diretora financeira do grupo.

A operação foi deflagrada pela Polícia Federal com apoio da Polícia Civil e Ministério Público Estadual de Santa Fé do Sul/SP. Cerca de 4 mandados de prisão (um de preventiva e três de temporárias) e 23 mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça. As ações ocorreram em Santa Fé do Sul, Santa Clara d'Oeste, Votuporanga, Bebedouro, Araçatuba, Casa Branca, Americana, Santana de Parnaíba e São Paulo.

Segundo a Polícia, em apenas dois anos o empresário conseguiu abrir dezenas de empresas e filias em várias cidades do interior paulista. A empresa prometia serviços de créditos de bancos diversos, mas a estrutura estava voltada para convencer poupadores a entregarem suas economias em troca de altas taxas de juros remuneratórios que chegavam até 6% ao mês. Este valor era pago com recursos de novos investidores, caracterizando um esquema de pirâmide financeira.

As autoridades ainda localizaram chácaras, um terreno às margens do Rio Paraná, uma mansão, vários carros de luxo e uma aeronave que serão apreendidos. A Polícia Militar Ambiental de Fernandópolis ainda apoiou a apreensão de mais três embarcações de grande porte.

Os presos serão indiciados pelos crimes contra o sistema financeiro nacional, falsidade ideológica, estelionato, crime contra a economia popular e organização criminosa, com as penas máximas somadas de até 24 anos de reclusão.