Dólar opera em queda, a R$ 5,644, com Copom no radar; Bolsa sobe 1,08%
O dólar comercial operava em queda e a Bolsa em alta na manhã de hoje. Por volta das 13h45 (de Brasília), a moeda norte-americana caía 0,82%, vendida a R$ 5,644, acompanhando melhora no apetite por risco internacional diante de redução nos temores relacionados à variante ômicron da covid-19, enquanto na cena doméstica o foco recaía sobre a reunião de política monetária do Banco Central.
No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, subia 1,08%, registrando 108.008,46 pontos.
Ontem (6) o dólar comercial fechou com valorização de 0,19%, vendido a R$ 5,69, e a Bolsa teve valorização de 1,79%, fechando a 106.954,422 pontos.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Ômicron
A Ômicron tem ficado sob os holofotes dos mercados financeiros globais nos últimos dias, uma vez que ainda há dúvidas sobre o quão grave e contagiosa é a cepa recém-descoberta, listada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como "variante preocupante".
Mas muitos investidores têm mostrado esperança de que a variante não terá um impacto sanitário tão grande, uma vez que ainda não há evidências concretas de que a cepa seria resistente às vacinas contra a covid-19.
"O receio está passando, (a Ômicron) parece ser menos letal do que se temia", disse Vanei Nagem, responsável pela mesa de câmbio da Terra Investimentos.
Reunião do Copom e PEC
Nagem também citou o encontro de dois dias do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central como fator de suporte para o real, já que há ampla expectativa de elevação da taxa Selic em 1,5 ponto percentual, a 9,25% ao ano.
Juros mais altos no Brasil elevam a rentabilidade do mercado de renda fixa doméstico, o que tenderia a atrair mais recursos estrangeiros para o país, aumentando a demanda pelo real.
Apesar da queda do dólar neste pregão, alguns investidores apontavam incertezas à frente para o mercado local em meio a debates em torno da promulgação de partes da PEC dos Precatórios, o chamado "fatiamento".
"Caso possa ser fatiada, o governo poderá iniciar o pagamento do programa Auxílio Brasil já em dezembro de 2021. Caso contrário, como não haverá tempo antes do recesso parlamentar de discutir e aprovar a PEC na Câmara, não sabemos que solução será adotada para que o presidente possa iniciar o programa ainda em 2021, o que vai aumentar a tensão nos mercados financeiros do Brasil", avaliaram em nota analistas da Genial Investimentos.
A PEC (Proposta da Emenda à Constituição) dos Precatórios altera as regras do pagamento dessas dívidas do governo e modifica o prazo de correção do teto de gastos pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), abrindo espaço fiscal de mais de R$ 100 bilhões. Já analisada pelas duas Casas do Congresso, a PEC foi bastante modificada em sua tramitação no Senado.
Nagem, da Terra Investimentos, disse acreditar que a PEC "vai passar sem maiores problemas", o que, segundo ele, aliviaria parte dos temores fiscais domésticos e daria suporte ao real. Mesmo assim, ele alertou para "a aproximação da virada do ano, que ajuda a dar uma pressionada no dólar (para cima)".
Este conteúdo foi gerado pelo sistema de produção automatizada de notícias do UOL e revisado pela redação antes de ser publicado.
Com Reuters
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