Após polêmica com Haddad, líderes adiam discussão de arcabouço na Câmara

O relator do arcabouço fiscal na Câmara, Cláudio Cajado (PP-BA), disse que a discussão do texto vai ficar para a próxima semana. O adiamento aconteceu após uma fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o Congresso.

O que aconteceu

Cajado foi convocado de última hora para participar da reunião de líderes nesta terça-feira com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na residência oficial da Casa.

Essa questão está superada. O que acontece foi que existe uma pauta extensa de matérias a serem deliberadas na Câmara e o líderes acharam conveniente avançar nessas pautas.
Cláudio Cajado (PP-BA), relator do arcabouço na Câmara

O que Haddad disse

O ministro da Fazenda afirmou que "a Câmara está com um poder muito grande, e ela não pode usar esse poder para humilhar o Senado e o Executivo". A declaração ocorreu durante entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo e foi divulgada na segunda-feira.

Haddad se explicou após a polêmica. O ministro afirmou que não criticou a atual legislatura e informou que ligou para Lira para esclarecer as declarações.

Não vamos fazer disso um cavalo de batalha. Primeira providência que tomei foi ligar para o presidente Arthur Lira e esclarecer o contexto das minhas declarações. Minhas declarações não dizem respeito à atual legislatura. Eu sou só elogios para a Câmara, para o Senado e o Judiciário. Nós não teríamos chegado aqui sem a concorrência dos Poderes da República.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda

Lira usou o Twitter para mandar um recado a Haddad (sem citar o nome do ministro): "A Câmara dos Deputados tem dado sucessivas demonstrações de que é parceira do Brasil, independente do governo de ocasião".

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