Minha Casa, Minha Vida: veja como simular valor de parcela de financiamento

Dá para simular nas agências da Caixa ou em Correspondentes Caixa Aqui. O atendimento telefônico está disponível pelos números 4004-0104 (capitais e regiões metropolitanas) e 0800-104-0104 (demais localidades) ou pelo site do banco.

Veja um exemplo prático:

Uma família com renda de R$ 5.000, por exemplo, pode pegar um financiamento de R$ 165 mil para comprar um imóvel. Financiando pelo sistema SAC em 35 anos, a primeira parcela ficaria de R$ 1.476,31 e a última de R$ 461,16, segundo cálculo feito pela Anefac a pedido do UOL.

Ao final dos 35 anos, o valor pago no financiamento será de R$ 348.746,66. Além deste valor, há a cobrança da entrada do imóvel, que varia de acordo com cada negociação. A simulação considera uma taxa de juros de 7,66% (o percentual para famílias cotistas do FGTS que morem no Sul, Sudeste ou Centro Oeste).

Maior parte das simulações feitas no site da Caixa são para para imóveis de até R$ 200 mil. No último mês, 40,3% das simulações foram referentes a imóveis com valores entre R$ 150 mil e R$ 200 mil, e 16% para imóveis entre R$ 100 mil e R$ 150 mil, segundo o banco. A Caixa informou também que quase metade dos interessados em adquirir um imóvel popular têm idade entre 25 e 35 anos.

Faixas de renda para participar do programa

Financiamento varia de acordo com as faixas de renda do programa. Veja quais são as faixas das áreas urbanas:

As faixas 1 e 2 têm subsídios dados pelo governo. A faixa 3 pode aproveitar juros mais baixos do que os praticados pelo mercado.

Valor máximo dos imóveis

Áreas urbanas
Faixa 1 (subsidiado): até R$ 170 mil

Faixa 1 e 2 (financiado): até R$ 264 mil

Faixa 3 (financiado): até R$ 350 mil

Áreas rurais
Novas moradias: o valor máximo passou de R$ 55 mil para R$ 75 mil

Para melhoria de uma moradia: valor passou de R$ 23 mil para R$ 40 mil

Qual é a taxa de juros?

As taxas foram reduzidas e são as mais baixas do mercado. Vão de 4% ao ano a 8,16% ao ano e variam de acordo com a renda e a região de moradia da família.

O prazo máximo do financiamento é de 35 anos. O programa permite aquisição de imóveis novos ou usados.

Cotistas do FGTS têm direito a financiamento com taxas menores. O benefício vale para titulares de conta vinculada no FGTS com, no mínimo, três anos de trabalho sob o regime do FGTS.

Na faixa 1, a taxa será de 4% para famílias com renda de até R$ 2 mil mensais nas regiões Norte e Nordeste. Para as demais regiões do país, a taxa será de 4,25%.

A Caixa começou a financiar imóveis de até R$ 350 mil pelo Minha Casa, Minha Vida neste mês. É possível fazer simulações pelo site do banco.

Subsídios do programa

O subsídio é o valor do financiamento pago pelo governo federal. A família paga o restante do valor do imóvel. Esse tipo de subsídio, com parcelas bem baixas atende apenas às famílias da faixa 1 de renda. O valor máximo é de R$ 170 mil para áreas urbanas e R$ 75 mil para áreas rurais.

Governo pode arcar com mais de 90% do valor do imóvel. Nos casos das moradias subsidiadas da Faixa 1, as famílias pagarão prestações mensais com um valor mínimo de R$ 80, ao longo de um período de 5 anos.

Financiamento com recursos do FGTS reduz valor de entrada e facilita aquisição. As famílias das faixas 1 e 2 têm direito a um subsídio de até R$ 55 mil no valor da entrada do imóvel. Antes o valor era de R$ 47,5 mil.

As famílias da faixa 3 não têm direito ao subsídio na entrada do valor do imóvel. Elas têm direito às taxas de juros mais baixas oferecidas pelo programa.

Cuidados na hora de contratar

Contratar qualquer financiamento imobiliário exige cuidados. Marcelo Tapai, especialista em Direito Imobiliário e sócio do Tapai Advogados, afirma que a melhor forma é ir até uma agência Caixa ou Correspondente Caixa Aqui para avaliar qual o financiamento possível para a família e tirar dúvidas a respeito da contratação.

Quem não paga o financiamento pode perder o imóvel. Tapai diz que é importante que família faça planejamento financeiro para não ter problemas no futuro.

A família tem que tomar cuidado para que a parcela caiba no orçamento. Antes de fechar o financiamento, a pessoa avaliar o seu emprego, se é estável, se fará composição de renda ou se apenas uma pessoa vai assumir essa dívida. Se apenas um se comprometer, o risco é maior porque essa pessoa pode perder o emprego.
Marcelo Tapai, especialista em Direito Imobiliário e sócio do Tapai Advogados