Black Friday com 'tudo pela metade do dobro?' Confira preços e promoções

A Black Friday pode ser considerada um esquenta para o Natal com descontos e promoções no varejo, mas como saber se os preços que realmente estão mais baixos e não estão 'pela metade do dobro'? Para evitar cair em armadilhas e maquiagem de preços, o consumidor deve ficar atento e usar plataformas que ajudem a comprarar o histórico de preços.

Como saber se o desconto é real

O primeiro passo é pesquisar. O uso de plataformas auxilia o consumidor a acompanhar e monitorar os preços dos produtos anunciados, como Buscapé, Zoom, Promobit e JáCotei, para avaliar os melhores descontos.

Veja se o preço aumentou recentemente. "Ao ver o histórico, o consumidor tem um referencial de preços, sabe se houve aumento às vésperas da Black Friday e se o desconto vale a pena", diz Maurício Cascão, CEO da Mosaico, empresa detentora do Buscapé.

Plataformas auxiliam na pesquisa de preços. O Buscapé permite acompanhar a variação de preços e selecionar produtos com maiores descontos. No Zoom é possível acessar o histórico de preços do produto nos últimos meses, o que permite saber se o desconto é real ou não. Já o Promobit é uma plataforma que reúne ofertas de lojas virtuais e o JáCotei também permite a comparação de ofertas entre lojas e a variação dos preços nos últimos meses.

Diferentes formas de pagamento podem ter descontos distintos. Veja se o desconto será aplicado no Pix, na compra à vista, no cartão, ou se há cashback. "Assim, o consumidor pode ver aquilo que é mais conveniente para ele na hora da compra", diz Cascão.

Paciência é o caminho para uma boa compra. Analisar o histórico e acionar um alerta de ofertas também pode ser um caminho interessante para conseguir um desconto melhor. A ferramenta informa qual o melhor preço e o momento ideal para comprar durante a Black Friday.

Melhor horário para comprar é antes mesmo da Black Friday. Segundo Cascão, os varejistas começam a colocar as ofertas nos sites a partir da tarde desta quinta-feira e até a meia-noite as maiores ofertas estarão disponíveis, principalmente no e-commerce.

Não comprar por impulso. "Comprar por comprar nunca é uma boa escolha. Se gastei R$ 1 em algo que nunca vou usar, já saiu caro. Só vale comprar se realmente estiver precisando", diz Thiago Martello, educador financeiro e fundador da Martello EF. "Se não comprar, o desconto é maior ainda."

Nem sempre comprar na Black Friday é o melhor. "Até o fim do ano teremos mais ofertas. Logo após o Natal, as lojas fazem promoções e saldões. Vale monitorar os preços antes, durante, depois da Black Friday e Natal", avalia Martello.

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Preços subiram antes da Black Friday

Um levantamento realizado pelo Buscapé aponta aumento de preços em cinco das sete categorias mais buscadas na semana que antecede a Black Friday. Segundo o levantamento, o fogão foi o item que sofreu maior aumento entre os dias 12 e 18 de novembro na comparação com a semana anterior, de 5,5%, passando de R$ 842 para R$ 891. As lavadoras de roupas ficaram 3,2% mais caras, de R$ 2.031 para R$ 2.097. Em terceiro lugar no ranking dos principais aumentos, está o ar-condicionado, que saiu de R$ 2.228 para R$ 2.262, alta de 1,5%. O levantamento mostrou alta também em geladeiras (1,2%).

Duas categorias sofreram queda no mesmo período. O preço mediano dos celulares caiu 2%, de R$ 1.783 para R$ 1.748. Também houve redução nos preços de TV's, que saíram de R$ 2.458 para R$ 2.454, diminuição de 0,2%.

Os varejistas estão vendo a oportunidade de recompor a margem de preços e este ano boa parte dos preços médios está maior. O melhor para o consumidor conferir se está comprando com uma oferta real é acompanhar o histórico de preços do produto desejado e comparar ofertas entre lojas.

Maurício Cascão, CEO da Mosaico

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