Lula fala sobre desoneração da folha e cobra 'contrapartida' de empresários
Em meio aos esforços do governo em aprovar alternativa própria, o presidente Lula (PT) criticou hoje empresários que cobram pela desoneração da folha de pagamentos, mas "não apresentam contrapartida".
O que aconteceu
Em dezembro, o presidente vetou integralmente o projeto de desoneração da folha de 17 setores. Segundo o governo, a decisão se deu porque estas áreas não justificariam com o crescimento de empregos como prometeram.
O presidente adotou o mesmo tom em evento hoje em Pernambuco. Ele pediu uma "contrapartida" dos empresários, como estabilidade para trabalhadores e disse que o Brasil "não pode estar subordinado à pequenez de umas pessoas".
Por que que eles não garantem estabilidade para os trabalhadores? Por que não distribuir em forma de salário [que vai lucrar com a desoneração]? Só eles querem, só eles desejam.
Lula, sobre desoneração
Haddad tenta acordo com o Congresso
O ministro Fernando Haddad (Fazenda) apresentou uma proposta própria. No fim do ano passado, o governo enviou uma MP (Medida Provisória) que garantia a reoneração, mas sob termos diferentes, o que não agradou ao empresariado nem ao Congresso, que se sentiu desafiado.
MP deve ser transformada em projeto de lei e não será devolvida. O colunista Tales Faria, do UOL, afirmou que esse foi o resultado das conversas entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Haddad estima que projeto de desoneração geraria rombo de R$ 32 bilhões. Desse total, R$ 12 bilhões correspondem à prorrogação da desoneração da folha de pagamento, estendida para 2027. Já R$ 4 bilhões dizem respeito à redução da alíquota de contribuição para a Previdência Social por pequenos municípios e R$ 16 bilhões vêm do Perse, o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos também beneficiado com o PL.
Deixe seu comentário