Bernard Arnault tem mais de R$ 1 trilhão: de onde vem sua fortuna?
O francês Bernard Arnault tem uma fortuna de mais de US$ 212,2 bilhões (mais de R$ 1 trilhão) e é o homem mais rico do mundo. Ele concorre pelo primeiro lugar com Elon Musk, que tem US$ 196 bilhões, de acordo com o ranking da Forbes. Ele alcançou o posto de homem mais rico do mundo duas vezes por alguns dias em dezembro e depois em janeiro deste ano após uma alta nas ações de suas empresas, mas logo em seguida voltou para o segundo lugar.
Aos 74 anos, Bernard Arnault é CEO da LVMH (Louis Vuitton-Moe?t Hennessy), um império de luxo que reúne 75 marcas. São marcas de moda como Louis Vuitton, Christian Dior, Givenchy, Celine e Marc Jacobs; marcas de beleza como Guerlain, Benefit, Fenty by Rihanna e Sephora; além de marcas de bebida (como a Veuve Clicquot) e de joias (Tiffany). Em 2022, as 5.600 lojas do grupo em todo o mundo alcançaram 79,2 bilhões de euros em vendas (cerca de R$ 422 bilhões).
De onde vem sua fortuna
Bernard Arnault nasceu em uma família de industriais no dia 5 de março de 1949 em Roubaix, uma cidade no norte da França, quase na fronteira com a Bélgica. O pai dele acumulou uma" pequena" fortuna com o setor de construção.
Começou a carreira como engenheiro. Após estudar em Roubaix e cursar o ensino médio Lille, Arnault ingressou na École Polytechnique de Paris. Depois da formatura, escolheu a carreira de engenheiro, trabalhando na empresa Ferret-Savinel. Ele se tornou diretor e passou a ser CEO em 1978.
Arnault começou sua trajetória nas marcas de luxo investindo $15 milhões para adquirir a Christian Dior em 1984. A dona da Dior, uma empresa que tinha até uma divisão de fraldas descartáveis, havia entrado com pedido de falência, e o governo francês buscava um comprador para a marca de luxo. Arnault entrou com US$ 15 milhões do seu bolso e da fortuna da família, enquanto a instituição financeira Lazard Frères contribuiu com o restante. Logo após a compra, ele demitiu mais de 9 mil funcionários e vendeu grande parte do negócio.
Foi quando ele deixou o setor de construção e se tornou CEO da Dior e da empresa de financiamentos Agache S.A. Ele empreendeu uma reorganização como parte de uma estratégia de desenvolvimento de marcas de prestígio. A Christian Dior foi a pedra angular dessa estrutura.
CEO da LVMH há 35 anos. Em 1989, Arnault tornou-se o principal acionista da LVMH Moët Hennessy - Louis Vuitton, criando assim o primeiro conglomerado de luxo do mundo. Ele assumiu a presidência em janeiro de 1989 e ocupa o cargo desde então.
Ele logo incorporou a Louis Vuitton, fundada em 1854. A empresa começou fazendo malas personalizadas para Eugénie de Montijo, esposa de Napoleão III. As marcas de champanhe e conhaque, Moët et Chandon e Hennessy, vieram juntas na compra. No decorrer dos anos, Arnault comprou dezenas de empresas de luxo. Pagou US$ 15,8 bilhões pela Tiffany em 2021, considerada a maior aquisição de marca de luxo já realizada.
Não ganha dinheiro apenas na moda. Atualmente, a empresa de investimentos Agache apoia a empresa de capital de risco Aglaé Ventures, que possui investimentos em empresas como Netflix e ByteDance, a empresa-mãe do TikTok.
Eu me vejo como um embaixador do patrimônio e da cultura francesa. O que criamos é emblemático. Está ligado a Versalhes, a Maria Antonieta.
Bernard Arnault, à Forbes
Arnault e a LVMH possuem uma participação de 40% na empresa de private equity L Catterton. Ela possui US$ 30 bilhões em ativos, incluindo investimentos na marca de sandálias Birkenstock e na marca de fitness e lifestyle Equinox.
Bernard Arnault também é o Presidente do Conselho de Administração do Groupe Arnault S.E. Através de suas holdings familiares, ele supervisiona o Grupo e contribui para a criação de vários fundos de investimento internacionais.
Os cinco filhos de Arnault trabalham na LVMH. Em julho de 2022, ele propôs uma reorganização de sua empresa de controle, Agache, para conceder a eles participações iguais. Aparentemente Arnault conquistou sua esposa, Helene Mercier, uma pianista de concerto, tocando Chopin e outros compositores clássicos no piano.
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