BC diz que pode acabar com ciclo de alta da taxa de juros, segundo jornal
O Banco Central pode interromper o ciclo de altas na taxa básica de juros, a Selic, já em maio, apesar da aceleração da inflação nos alimentos, informou o presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini.
Em entrevista ao The Wall Street Journal, Tombini diz foi questionado se o BC estaria no ponto de interromper o aperto monetário, iniciado em abril passado e disse que é algo possível.
"É uma possibilidade. As pessoas ainda estão lendo a ata. Vamos ver, temos quase dois meses entre agora e a próxima reunião, que será no fim de maio. Veremos", afirmou Tombini, referindo-se à ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC divulgada pela manhã.
Pelo documento, o BC defendeu que a política monetária deve permanecer "vigilante", enfraquecendo a expressão "especialmente" usada até então, e entende que uma fatia importante dos efeitos do atual ciclo de aperto monetário na inflação "ainda está por se materializar".
A próxima reunião do Copom ocorre em 27 e 28 de maio.
Na entrevista ao jornal, Tombini disse ainda que a inflação fechará 2014 dentro da meta oficial, de 4,5% pelo IPCA com tolerância de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo.
Mas ressaltou ser "plausível" que a alta dos preços ultrapasse o teto dessa banda no curto prazo.
O IPCA fechou março com a maior alta para o mês em 11 anos, em meio a sinais de que o clima seco tem impactado os preços de alimentos.
Mas Tombini classificou esse movimento como um "choque de preços dos alimentos" e ressaltou que a recente queda do dólar ajuda a enfrentar essas pressões.
"Essa é outra força mais recente nesse processo de apertar a política e combater a inflação", disse Tombini.
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