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BC da China corta taxas de empréstimo de curto prazo, dizem fontes

04/03/2015 09h04

XANGAI (Reuters) - O banco central da China cortou a taxa de juros de curto prazo para suas filiais locais e quase triplicou os fundos disponibilizados pelo programa, em sua mais recente tentativa de reduzir os custos de financiamento, disseram fontes à Reuters nesta quarta-feira.

As taxas overnight serão reduzidas a 4,5 por cento ante 5 por cento, enquanto as taxas de sete dias cairão a 5,5 por cento ante 7 por cento, disseram três fontes com conhecimento direto do assunto.

Em contraste com 2014, nenhum novo instrumento de empréstimo de 14 dias será estendido em 2015, disseram as fontes.

A cota total de empréstimos de curto prazo será elevada em 220 bilhões de iuanes (35,08 bilhões de dólares), para 340 bilhões de iuanes, completaram as fontes.

Os bancos podem pedir acesso aos empréstimos de curto prazo para cobrir déficits temporários e de curto prazo em liquidez.

Autoridades do banco central não puderam ser encontradas para comentar o assunto.

O crescimento econômico da China desacelerou para 7,4 por cento em 2014, o mais fraco em 24 anos, ante 7,7 por cento em 2013.

Uma desaceleração mais forte para cerca de 7 por cento é esperada para este ano, mesmo contando com medidas adicionais de estímulos, conforme um mercado imobiliário em arrefecimento, um excesso de capacidade industrial e uma desaceleração em investimentos pesam sobre a atividade.

No sábado, o banco central da China cortou sua taxa de juros à medida que reguladores mostram sinais crescentes de preocupação sobre dados decepcionantes desde o quarto trimestre e pressões deflacionárias cada vez mais fortes.

O banco central chinês já tinha cortado os juros em novembro e reduzido a taxa de compulsório, ou a proporção de dinheiro que os bancos devem alocar como reservas, no começo de fevereiro, a primeira redução do tipo em mais de dois anos.

Economistas esperam mais reduções nas taxas de juros e de compulsório nos próximos trimestres, junto a diversas formas de injeções de liquidez, para manter os custos de empréstimos mais acessíveis e aliviar o fardo sobre companhias que estão sobrecarregadas de dívidas e enfrentam dificuldades com demanda fraca.

(Por Redação em Xangai)